Postura firme

Atualizado em 07 de outubro de 2011
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Por Fernando Bittencourt

A nova norma decretada pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que liberou os atletas que já cumpriram suspensão por doping a participarem dos Jogos Olímpicos, não modificará a política adotada pela Federação Italiana de Ciclismo (FCI) sobre o assunto. Nenhum atleta italiano suspenso por doping por mais de seis meses competirá pela seleção – seja durante as Olimpíadas ou qualquer outra competição.

A modificação na legislação da entidade anulou a “regra de Osaka” formulada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e introduzida em 2008, que proibia a participação nas Olimpíadas de atletas que tenham sido suspensos por seis meses ou mais dos Jogos seguintes. Porém, o regulamento foi classificado como inválido e sem efeito pelo TAS.

O presidente da FCI, Renato di Rocco, declarou sua opinião sobre o assunto. “Continuaremos a selecionar nossos ciclistas para que atletas que testaram positivo não disputem por nosso país. A camisa azul será entregue a nosso critério, que é agregar credibilidade à nossa seleção, o que está mudando aos poucos”.

Alguns dos melhores ciclistas italianos como Ivan Basso, Danilo Di Luca, Alessandro Petacchi e Michele Scarponi figuram entre os atletas prejudicados pela filosofia seguida pela FCI e não poderão disputar também o Campeonato Mundial e o Campeonato Italiano. Di Rocco também justifica as más atuações do time italiano em consequência da dificuldade de selecionar bons atletas – a Azzurra teve no último Mundial sua pior colocação desde 1983 foi a 13ª posição, conquistada em setembro deste ano, com Daniele Bennati.

O presidente, que conta com o apoio de Gianni Petrucci, presidente do Comitê Olímpico Italiano (CONI), assegura que não haverá nenhuma modificação quanto a posição tomada pela FCI, o que promete gerar muita repercussão com a chegada dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.