Peitoral em foco

Atualizado em 31 de julho de 2008
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Por Odara Gallo

Os exercícios de musculação devem fazer parte da rotina de todo corredor. Mas enganam-se aqueles que pensam que só fortalecer as pernas é o suficiente, existe uma série de outros músculos que ajudam na sua performance, como os da região peitoral.

Aqueles músculos que aparentemente não ajudam você a correr mais rápido e melhor podem ajudá-lo a melhorar a postura, a aerodinâmica do corpo e, conseqüentemente, economizar a energia necessária para as passadas. “Os músculos peitorais auxiliam o trabalho dos ombros e na manutenção do equilíbrio do atleta”, explica Maurício Boari de Andrade, do Instituto Cohen de ortopedia, reabilitação e medicina do esporte. “Manter esse grupo muscular contraído, além de melhorar a postura, coordena o movimento dos braços de maneira mais harmônica. Quando a mecânica da corrida está adequada, o desempenho também cresce”, completa José Carlos Fernando, treinador diretor esportivo da Ztrack Esporte e Saúde.

Por merecerem menos atenção da maioria dos corredores, os músculos superiores ficam mal-preparados, o que pode resultar em dor e outros incômodos. “Não é raro observarmos atletas que chegam ao final das prova com dores nos membros superiores em virtude da falta deste tipo de trabalho. Também é muito comum notarmos atletas que correm com o tronco muito baixo, comprometendo totalmente sua postura”, observa o treinador. Isso acontece por causa do cansaço excessivo e pela falta de bom condicionamento nessa área, e é exatamente nessa hora que o fortalecimento se faz importante. “Com esse grupo muscular bem-preparado, é possível manter a postura correta por um tempo mais longo”, afirma José Carlos.

Ou seja, não basta tem uma boa postura, é preciso conseguir manter o tronco na posição certa durante todo o treino ou prova. Para isso, separamos três exercícios para essa região, que devem ser feitos com supervisão profissional. O número de repetições vai variar de acordo com o objetivo de cada atleta. “O trabalho com baixa carga e grande número de repetições (acima de 15 aproximadamente) tem como foco a resistência. Já os exercícios com carga mais pesada e baixo número de repetições melhoram a força”, fala o treinador.

:: Flexão de braço no solo
Esse é o exercício mais simples, pois não precisa de pesos e pode ser feito em qualquer lugar. O atleta trabalha o peitoral maior, o deltóide (músculo peitoral próximo à clavícula) e o tríceps (parte de trás do braço).

:: Supino deitado ou inclinado
Esse exercício pode ser executado deitado ou levemente em inclinação. Os braços devem estar mais abertos do que a distância dos ombros e o atleta deve fazer o exercício com barra ou halteres. Trabalha toda a região do peitoral e o tríceps.

:: Abdução – Adução
O atleta trabalha sentado no aparelho com os braços afastados e cotovelos flexionados. O movimento é feito com a aproximação dos braços à frente do rosto e voltando. Também favorece o maior músculo da região peitoral.