Oscar Pistorius se livra da prisão perpétua

Atualizado em 11 de setembro de 2014

Oscar Pistorius não tem mais risco de ser levado à prisão perpétua. A juíza Thokozile Masipa, que cuida do caso do campeão paraolímpico, rejeitou nesta quinta-feira (11 de setembro) a acusação de que o crime fosse premeditado e que o atleta tivesse cometido assassinato.

O sul-africano está sendo julgado pela morte da ex-namorada, a modelo Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013. Antes de começar a ouvir a leitura das considerações da juíza sobre o caso (o que deve acontecer até sexta-feira), Pistorius chorou no tribunal de Pretória. O anúncio da pena pode demorar mais três ou quatro semanas.

Na avaliação de Masipa não há evidências suficientes para provar que o paratleta quis matar Reeva, eliminando a acusação de assassinato. Desta forma, Pistorius fica livre da prisão perpétua, que na África do Sul é de, no máximo, 25 anos em cárcere privado, sendo que no restante do período o acusado fica em liberdade condicional.

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No entanto, a corte definiu que o acusado conseguia distinguir entre o certo e o errado na hora do incidente, de acordo com a análise do resultado de testes psicológicos, o que elimina a hipótese de que ele estaria fora de si na hora do crime.

Em contrapartida, a defesa do Blade Runner, como é conhecido, alega que ele pensou estar atirando em um assaltante, e não na ex-namorada. Para ele, o tiro foi dado em direção a uma porta fechada do banheiro, sem ver a vítima. Pistorius é o único sobrevivente e a única testemunha do crime.