Os tipos de treinos que melhoram os resultados

Atualizado em 26 de dezembro de 2010
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*Por Miguel Sarkis

Todos nós queremos um dia realizar os tempos e as distâncias que poucos conseguem, além de ter no corpo a sensação de bem estar e domínio do ritmo e das distâncias da corrida. Mas o que faz a diferença entre um corredor que corre mais e outro que corre menos?

Correr rápido e por longas distâncias depende de alguns fatores que descreverei a seguir:

Resistência para correr longos: é quando a facilidade está estampada no sujeito. Ele corre e mal se cansa, domina muito bem a técnica de correr. É bonito de ver, pois corre e parece que nasceu para aquilo;

Resistência para subir e descer: é quando você passar por uma sequência de subidas e descidas e sente que, apesar de manter a velocidade, suas forças não diminuem. Isso significa que sua resistência está boa e você poderá encarar mais treinamentos pesados e participar de provas, sem sustos.

Velocidade de resistência: Se você já corre os dez quilômetros entre 31 e 35 minutos então está com a sua velocidade de resistência bastante melhorada. Se os cinco quilômetros saem para 15 minutos até os 17 minutos, então você está de fato muito veloz.

Existem três tipos de corredores no mundo:

Corredor predominantemente resistente
Dificilmente será veloz. Mesmo que treine, sua natureza talvez não esteja para maior contratilidade muscular e, portanto, será sempre mais lento (resistente), do que rápido. Seu organismo permanece em equilíbrio, apesar dos quilômetros percorridos. Mantém-se em Stady State (equilíbrio entre o oxigênio inalado e o oxigênio necessitado.

Corredor que é muito veloz
Se desejar e treinar, estes tipos de corredores serão muito resistentes também. Sua musculatura é de alto poder de contração, explosiva, e permite ao portador prática de corrida em altas velocidades. A resistência aeróbica é um recurso do metabolismo humano, atribuído a qualquer tipo de corredor. Se este tentar ser resistente, sim, isso é possível. .

Meio Fundista (Corredor Veloz e Resistente):
Um tipo que combina as duas condições orgânicas e consegue correr provas em distâncias médias, muito rápido e resistente, como é o caso das provas de 1500 metros até os três mil metros. O organismo destes corredores suporta esta combinação, pela ressíntese rápida do ácido láctico, que predispõem o corredor a suportar a barreira da velocidade e da resistência. Dificilmente será um corredor muito veloz e, tão pouco, será especialmente resistente.

O que esperar da minha corrida?
Para os corredores com menos de quatro anos de treinos, dificilmente serão mais rápidos e velozes, a menos que seus organismos sejam determinados geneticamente; sendo assim, eles já nascem velozes, resistentes e só algumas sessões de treinamento serão suficientes para torná-los corredores destacados.

É necessário que todos os corredores desenvolvam seus organismos, a base de treino, durante os quatro anos iniciais, para aprimorar o metabolismo, fortalecer músculos e ligamentos, desenvolver melhor as condições de propriocepção e estabelecer alguma forma de estratégia que o favoreça em provas e treinamentos.

As fases que devemos esperar e amadurecer: Melhorar a resistência orgânica geral (sentir que não se tem mais o desânimo costumeiro), o aumento da velocidade e a diminuição de volume corporal, será o sinal clássico de avanços.

Quais os tipos de treinos que devemos priorizar?

Resistência física geral (exercícios de fortalecimento) (um a quatro anos de treinos);

Resistência para distâncias maiores (2º ano em diante);

Propriocepção e Coordenação (primeiras semanas);

Velocidades progressivas (seis meses);

Velocidade de resistência (seis meses em diante de treinamentos);

Emocionalmente Diante do esforço físico:
Podem-se notar algumas formas de comportamento. As pessoas, quando estão sob pressão emocional, podem render menos ou mais. Claro que situações são estabelecidas na primeira experiência com a corrida e se for muito boa, a resposta será a dedicação aos treinamentos e provas. As experiências negativas estão atribuídas a experiências pouco profissionais de quem nos criou e, por tal motivo, podemos desenvolver nossos medos e rejeições.

As experiências positivas passam-nos a coragem e a determinação que nos foi oferecida através de brincadeiras e atribuições enquanto somos crianças. Então, antes de exigir muito além do que seu corpo e sua mente podem, por que não procurar o apoio técnico de médicos, professores, psicólogos e nutricionistas?

Boas experiências e bons treinos

*Miguel Sarkis é Personal Trainer há 33 anos com Certificação Técnica de Atletismo pela IAAF e diretor técnico da assessoria esportiva Miguel Sarkis; Formação para Técnico em Atletismo; Especialização em Obesidade, Cardiopatas e Idosos; Desenvolve programa de qualidade de vida para pessoas de baixa renda na USP Leste (projeto Periferia Legal), e é autor do Livro: A Construção do Corredor – Editora Gente. Para acompanhar Miguel Sarkis: blog.miguelsarkis.com.br