Oportuno Freire

Atualizado em 26 de março de 2007
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O espanhol Óscar Freire (Rabobank) se impôs no momento certo do sprint e conquistou pela segunda vez a mais longa das provas clássicas, a Milão – São Remo, com 294 km. Diferentemente de 2004, quando superou por uma diferença de três centímetros o alemão Erik Zabel, o tricampeão mundial cruzou a linha de chegada com uma bicicleta e meio de vantagem sobre os adversários.

O atleta se posicionou com inteligência na roda do italiano Alessandro Petacchi (Milram) e soube aproveitar o momento certo para atacar e levar a vitória, deixando o jovem australiano Allan Davis (Discovery) na segunda colocação, e o belga Tom Boonen (Quick Step) na terceira. O australiano Robbie McEwen (Predictor-Lotto) foi o quarto colocado. “Eu estava muito bem hoje e não tive problemas em encontrar a roda certa. Desejava muito a vitória”, conta Freire.

<iniciativa da Milram
A prova começou a ficar animada quando seis atletas escaparam e assim permaneceram durante 180 quilômetros, até serem alcançados pelo pelotão, a 25 quilômetros da meta. Depois, três ciclistas – Franco Pellizotti, Yaroslav Popovych e Andrea Moletta – também esboçaram uma fuga, mas foram neutralizados nos primeiros metros da escalada de Poggio – última dificuldade da prova – a seis quilômetros do final. Antes de chegar agrupado na reta final, o pelotão ainda neutralizou um ataque do italiano Ricardo Ricco e do belga Philippe Gilbert, que escaparam no topo do Poggio, quando quase avistavam a linha de chegada.

A Milram, do sprinter italiano Petacchi, comandou o pelotão nos quilômetros finais e lançou Petacchi ao sprint, o atleta, no entanto, não mostrou explosão suficiente e não pôde evitar o avanço dos adversários. Nos 50m finais, ele parou de pedalar e ficou apenas com a 8ª colocação, atrás de seu companheiro de equipe Erik Zabel.