Onde Correr SP

Atualizado em 06 de março de 2009
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Por Juliana Ranciaro
Foto Filipe Berndt

:: Avenida Sumaré
Zona Oeste

Importante via da zona oeste de São Paulo, a Avenida Sumaré corta o bairro de Perdizes e atualmente estende-se sobre o córrego Sumaré, já canalizado, e em direção a Avenida Antártica.

Como em qualquer avenida movimentada da cidade, o barulho e a poluição incomodam a prática da corrida. Quem desejar treinar na região precisará dividir o espaço com ciclistas e pessoas que passeiam com cachorros. Outro problema são as raízes das árvores, que levantam o piso da pista e dificultam as passadas no local. “Correr na Avenida Sumaré é bom para treinar subidas. O melhor horário é de manhã porque é mais seguro e, apesar do calor, o local é bem arborizado e há sombra das árvores”, diz a rolsista Sophia Lanz, 28.

O percurso é de aproximadamente seis quilômetros, ida e volta, desde a Rua Turiassú até a Rua Lisboa. “Muita gente me pergunta se a poluição não me atrapalha, mas não sinto nenhuma diferença. Acho que corro em contato com aquilo que São Paulo é. Essa cidade corrida, que mistura uma vida atarefada mas com momentos de prazer e reflexão”, complementa Sophia.

Como a pista fica no canteiro central, o corredor deve ter cuidado na hora de atravessar o espaço de uma “ilha” do canteiro para outra. Nos horários de pico, entre 7h e 10h e 17h e 19h, o trânsito local é intenso.

Sobre a rota:
Endereço: Perdizes (Bairro)
Entrada: Gratuita
Horário: O dia todo
Tipo de solo: Asfalto e terra batida no canteiro central
Estacionamento: Não, mas é possível estacionar nas redondezas
Sanitários: Não, a não ser dentro dos restaurantes e lojas da avenida
Bebedouro: Não
Guarda-volumes: Não
Ciclistas: Não possui uma ciclovia, mas bicicletas também transitam pelo canteiro central
Segurança: Não
Lixeira: Sim, posicionadas no canteiro central
Marcadores: Não
Percurso: Aproximadamente 6 km, ida e volta, que vão da Rua Turiassú à Rua Lisboa
Telefone: –

:: Estádio do Pacaembu
Zona Oeste

Na década de 20, a idéia da construção de um grande estádio em São Paulo era o sonho de esportistas, figuras públicas e modernistas, como Mário de Andrade. Foi ele que sugeriu a criação de um local que pudesse receber atividades esportivas, eventos culturais e apresentações musicais. Em 1936, o Prefeito do município na época, Fábio da Silva Prado, aprovou a idéia e deu início às obras. Começava a surgir aquele que seria um dos principais palcos esportivos e culturais da história do Brasil.

Hoje, o Pacaembu atrai não só os fanáticos por futebol, mas também aqueles que apreciam uma boa corrida, não necessariamente atrás da bola. O analista de sistemas, Roberto Alves Fernandes Silva, 49, fala sobre isso: “Eu moro bem próximo ao estádio, mas não foi esse o principal motivo pelo qual escolhi correr por lá. A Praça Buenos Aires também é perto, mas preferi o Pacaembu por ser um local nada tumultuado, onde posso treinar sem a interferência de terceiros”.

Os percursos mais comuns são aqueles dentro do próprio estádio, na pista de Cooper, ou o que contorna o local pelo lado de fora, partindo da Praça Charles Miller, em um trajeto que chega a 2 km. Para Silva, o único obstáculo na hora de escolher o Pacaembu como local de treino é a necessidade de possuir uma carteirinha de associado. “Por mais que seja um serviço gratuito, não deixa de ser algo burocrático. As pessoas acabam desistindo e perdendo a chance de correr em um lugar bacana, onde é possível treinar tiros e em percursos planos e técnicos”.

Sobre a rota:
Endereço: Rua Capivari, acesso pelo portão 23 – Pacaembu
Entrada: Gratuita, mas é necessário ser associado ao estádio
Horário: das 6h às 22h
Tipo de solo: asfalto
Estacionamento: Sim
Sanitários: Sim
Bebedouro: Sim
Guarda-volumes: Não
Ciclistas: Não
Segurança: Sim
Lixeira: Sim
Marcadores: Não
Percurso: Pista de Cooper de 860 m e uma volta de 2 km ao redor do estádio
Telefone: (11) 3664-4650

:: Parque da Água Branca
Zona Oeste

A história do parque remete ao início do século 20, quando, em 1904, o então prefeito Dr. Antônio da Silva Prado adquiriu terras e instalou no local a Escola Prática de Pomologia e Horticultura, com o objetivo de baratear os preços de hortifrutigranjeiros.

Com o passar dos anos, novas terras foram sendo incorporadas ao local atual. A escola foi desativada e as antigas dependências de produção animal e de exposições foram transferidas da Mooca para a Água Branca. Hoje em dia, o parque é patrimônio do Estado e passa por diversas reformas, com o objetivo de recuperar o brilho e atrair novos visitantes.

“O grande diferencial do Parque da Água Branca em relação aos outros é a sua topografia. Lá, existem subidas de todos os tamanhos, pequenas, média e grandes. Isso é ideal para o meu treinamento”, afirma o analista de sistemas Rogério Lisboa Portelinha, 48.

Morador das redondezas, o corredor diz conhecer o parque tão bem que não necessariamente segue uma das três rotas demarcadas logo na entrada do parque: “Eu vou e faço o meu caminho. As possibilidades são muitas e a área verde é linda. É inspirador simplesmente sair correndo pelo parque”.

Sobre a rota:
Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca
Entrada: Gratuita
Horário: Todos os dias, das 6h às 18h
Tipo de solo: 79.309,66 m² de área verde (não pavimentada e não edificada), 27.110 m² de área edificada e 30.345,7 m² de área pavimentada (ruas, alamedas e pátios)
Estacionamento: Sim
Sanitários: Sim
Bebedouro: Sim
Guarda-volumes: Não
Ciclistas: Há espaço para pedalar, mas apenas crianças de até 10 anos de idade podem levar suas bicicletas
Segurança: Sim, feita pela Polícia Militar
Lixeira: Sim
Marcadores: Sim, mas alguns estão um pouco escondidos
Percurso: Existem três trajetos diferentes que podem ser visualizados em um mapa, na entrada do parque. Divididos por cores, o percurso azul contém 689 m, o vermelho 1.130 m e o verde 1.727 m.
Telefone: (11) 3865-4130/ 3865-4131

:: Parque Municipal do Carmo
Zona Leste

O Parque do Carmo está localizado na região leste da cidade de São Paulo e possui uma área de aproximadamente 1.500.000 metros quadrados. É o maior da cidade e um dos maiores da região metropolitana. A área era uma antiga fazenda que pertencia a Oscar Americano de Caldas Filho. Foi transformado em parque pela Prefeitura no dia 19 de setembro de 1976.

Ao contrário da Avenida Sumaré, o Parque do Carmo é a opção para aqueles que gostam de se sentir fora do caos da metrópole. Sua rica fauna encontra ali um refúgio, com condições favoráveis para reprodução. Mergulhões, pica-paus, andorinhas e sabiás podem ser avistados, além de mamíferos como gambás, preguiça-de-três-dedos, macacos e veados-catingueiros.

Mário Sérgio Castro, 48, jornaleiro, é corredor assíduo do local: “Moro na Vila Madalena, na zona oeste, mas atravesso a cidade para correr no Parque do Carmo. É um local muito bonito e arborizado, e com trechos de subidas íngremes, ideal para que gosta de desafios”, descreve.

Com extensa área verde, o parque conta com um cafezal, cerejeiras japonesas e seis lagos com pequenas ilhas. Tem playground, pista de Cooper, churrasqueiras, bancos e mesas para piqueniques. Com toda essa estrutura, recebe mais de oito mil pessoas aos fins de semana.

“Aos sábados e domingos o melhor horário é pela manhã, quando o local ainda não está lotado. Depois, você tem que correr desviando dos caminhantes. Mas, não culpo ninguém por querer visitar o lugar que é realmente um refúgio em uma cidade como a nossa”, complementa Castro.

Sobre a rota:
Endereço: Avenida Afonso de Sampaio e Souza, 951 – Itaquera
Entrada: Gratuita
Horário: das 5h30 às 18h
Tipo de solo: Terra batida e asfalto
Estacionamento: Sim, gratuito
Sanitários: Sim. As construções são mais antigas, mas apesar da deterioração os locais são limpos
Bebedouro: Sim
Guarda-volumes: Sim
Ciclistas: Sim, há uma ciclovia
Segurança: Sim, feita pela Guarda Municipal e por segurança particular
Lixeira: Sim
Marcadores: Sim
Percurso: Para quem quer treinar subida, uma boa pedida é fazer o caminho que leva até os campos de futebol. Outra opção, plana, é fazer o trajeto de 1,5 km de terra batida em volta do lago
Telefone: (11) 2748-0010 / 2746-5001