O personal trainer e o trabalho individualizado

Atualizado em 18 de novembro de 2010
Mais em

Falar sobre corrida de longa distância poderia ser um assunto bastante comum, porém, quando se fala sobre o comportamento de quem treina corrida para “ganhar”, a coisa muda. Ganhar ou perder peso, aumentar a velocidade ou a resistência.

Quando alguém inicia seus treinos na corrida de longa distância, praticamente tudo é novidade. A pessoa fica em uma situação na qual, muitas vezes, não sabe para onde seguir. Treina na forma que mais lhe convém ou cumpre as planilhas de treinamento, disponibilizadas das mais variadas formas.

Mas, o fato é que, além dos treinamentos – volume x intensidade – existem outros fatores que influenciam, e muito, os treinos de um corredor iniciante: ele requer um treino pessoal.

Geralmente, quando o corredor adquire confiança participando de um grupo de corredores, certas coisas podem mudar de figura e tomar proporções perigosas para seu próprio corpo. A corrida, por si só, trabalha a pessoa, sempre influenciada e associada a sua natureza, seja pela timidez, pela audácia, pelos elementos do medo, da ousadia, da frieza, da determinação, do carinho, da incerteza e demais combinações que favorecerão o prosseguimento da sua carreira de treinos e provas.

O fato de um corredor treinar junto a outros corredores (treino em grupo) fará com que sua corrida seja totalmente diferente. Influência esta especialmente definida no homem primitivo e que perdura (segundo pesquisadores do comportamento humano) em algumas circunstâncias, como o fato de estar em grupo dar à pessoa uma espécie de sensação de anonimato. “Escondida pelos demais, ela tem diminuídos os seus freios inibidores e tende a agir de forma mais primitiva”, José Geraldo Taborda, Prof. Pesquisador da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (para a revista veja).

Este segredo pode provê-lo pelo bem ou pelo mal, dependendo do nível de discernimento que cada corredor possui, além da percepção do seu nível de ansiedade que deve ser trabalhado pelo próprio corredor. Estes níveis de ansiedade e medo devem ser administrados por profissionais competentes: profissional de psicologia e Professor de Educação Física especializado em corrida.

O melhor é que as pessoas pratiquem seus treinamentos sozinhas, e possam usufruir da sua interação, ofertando maior ou menor força, conforme a sua condição de vida diária. Não se deve treinar em grupos muito mais fortes e ou heterogêneos. Os segredos do nosso interior, que muitas vezes não temos domínio, nos afeta com o surgimento das lesões, que seriam facilmente evitadas com um planejamento e, por isso, cabe o plano de treinamento, para tornar o treino das pessoas muito pessoal.

Quando o assunto é treinar e ganhar, então, devemos nos ater para nossas condições de vida, nossas características emocionais e a quantidade de treinamento absorvida pelos anos de treinos. As provas devem ser focadas a partir de treinamentos específicos e maduros. Não adianta treinar mais forte do que se pode e nem mais longo do que nossos corpos podem tolerar e administrar.

Então, antes de iniciar seus treinamentos, reveja os planos de treinos, suas companhias e suas provas, para saber se há consistência em tudo que você idealizou para si mesmo.

Bons treinos personalizados.

Você tem dúvida sobre seus treinos de Corrida, equipamentos ou provas? Mande sua pergunta para ativoresponde@ativo.com que Miguel Sarkis poderá respondê-la!

Confira aqui no shopping ativo.com  mais informações sobre o Livro  A Construção do Corredor.