Por Christian Baines

Garantida na seleção brasileira de triathlon que disputará os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, a brasiliense Mariana Ohata enalteceu o fato de competir em solo nacional e assegurou que a modalidade conquistará medalhas ao país.

“Além de dedicado e empenhado, o atleta brasileiro é bastante emotivo. E correr em casa vai ser um grande diferencial. É claro que também seremos mais visados, teremos maior responsabilidade por estar competindo no Brasil, mas conhecemos esse percurso há muito tempo. É um trajeto que fazia parte do circuito da World Cup”, conta a melhor triatleta de 2006, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Representante brasileira nos Jogos Olímpicos de Sidney e de Atenas, Mariana competirá ao lado da carioca Sandra Soldan e da paulista Carla Moreno. Cogitava-se a idéia do trio competir em equipe, com duas atletas abrindo mão da vitória e trabalhando para uma suposta líder. Em um bate-papo exclusivo com o Prólogo, no entanto, a atleta negou a possibilidade do trabalho em equipe e ainda falou de como a prova será decidida nos detalhes.

Prólogo: Qual será a maior dificuldade da prova?
Mariana Ohata:O grande desafio será realizar as transições sem perder qualquer segundo. Não pode vacilar na hora de colocar o capacete, por exemplo. Essa prova será decidida pelos detalhes. Qualquer segundo a mais é sinônimo de colocações perdidas.

Quem serão as principais adversárias?
As norte-americanas, sem dúvida. Os Estados Unidos estão com uma equipe muito forte. Apesar delas não terem um bom desempenho na corrida, nadam muito bem. O segredo é nos mantermos juntas.

Afinal, está previsto um trabalho em equipe entre vocês durante a prova?
Não. Não trabalharemos em equipe. Nós três estamos no mesmo nível e com a mesma condição de vencer a prova. É um percurso simples, não tem segredo. Além disso, quem levar o ouro garante uma vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Não posso aceitar fazer uma prova abrindo mão da chance de ir a uma Olimpíada.