Na dianteira por Pequim

Atualizado em 04 de abril de 2008
Mais em

Por Daniel Balsa

O Brasil terá um representante nos Jogos Olímpicos de Pequim no Mountain Bike. Quem começou bem a busca por essa vaga foi Rubens Donizete Valeriano, o Rubinho. O biker da Sales Supermercados ganhou a primeira seletiva, que foi realizada na Copa Internacional Sundown de MTB, disputada no último dia 30 de março, em Araxá (MG).

Logo após a premiação da prova, o vencedor conversou com o Prólogo. Apesar de estar em vantagem, Rubinho, prata nos Jogos Pan-americanos 2007, prefere ainda não falar em Olimpíada. Confira a entrevista.

Prólogo: Rubinho, você começou bem a Copa Internacional. O que achou?
Rubens Donizete Valeriano:
Eu e o Robson (Ferreira) fizemos um jogo de equipe muito bom, mas acho que ele cansou um pouco, e eu abri vantagem. Depois, só administrei essa vitória. Contou muito o treinamento desde o começo do ano, pois focamos demais nessa prova. Estou muito feliz. Comecei essa Copa Internacional com o pé direito. Todas as vezes que corri aqui, furei o pneu ou tive algum outro problema. Esta é a primeira vez em que eu termino em Araxá e ainda fiquei com a vitória.

Prólogo: Já dá pra pensar em Pequim?
RDV:
Ainda é muito cedo. Faltam duas corridas e precisamos treinar muito para a Olimpíada. Mas estou bem contente com essa vitória, porque visamos esta prova e todo mundo se dedicou ao máximo para ganhar aqui.

Prólogo: E o calor? Atrapalhou?
RDV:
Pegou demais. O calor estava muito forte. Em todos os pontos de hidratação nós pegávamos água, molhávamos a cabeça e refrescávamos o corpo, que estava muito quente. Me hidratar foi muito importante para o resultado.

Prólogo: A queda na primeira volta parece que não te atrapalhou, já que você ganhou a prova com certa vantagem. Mas foram momentos de apuros, não?
RDV:
Caí na grama. Nada de grave, só bati com o tornozelo no chão. Só na hora em que eu empurrei a bike, senti um pouco. Pensei que não daria para terminar a corrida. Meu fisioterapeuta já analisou e viu que foi só o ferimento, não teve lesão nenhuma.

Prólogo: O “Rei de Araxá” era o Ricardo Pscheidt, que vinha de um tricampeonato. Sem contar que essa prova é seletiva olímpica, tem um sentimento especial em destroná-lo?
RDV:
Nós tínhamos medo dele, porque o Pscheidt ganhou aqui por três vezes. Era quase imbatível. Mas eu e o Robson viemos muito fortes para acabar com isso. O Robson está de parabéns por ser o segundo colocado, só que foi uma pena ele não ter terminado mais próximo de mim.