Por Cesar Candido dos Santos
Foto José Luiz Borges

O queniano Chemwolo Kiprono Mutai, de 22 anos, morreu na madrugada do último sábado, dia 14 de fevereiro, em um acidente automobilístico durante viagem que fazia de Eldoret para Kapsait, onde participaria de um tradicional encontro familiar.

Campeão da Meia-Maratona de São Paulo, da 5ª Meia-Maratona A Tribuna Praia Grande, vice-campeão da Meia do Rio e terceiro colocado na São Silvestre, Mutai era uma das principais revelações entre os corredores de ruas. No Brasil desde 2007, quando começou a trabalhar com os técnicos Luiz Antonio dos Santos e Jorge Luiz da Silva, o queniano era conhecido como “Mãozinha”, devido a uma deficiência física.

“Ele era um ser humano fantástico. Tudo o que ganhava destinava à sua família. Ele nos deixa valores humanos que nunca tive acesso como educador e que foram mostrados por uma pessoa iluminada. Quem o conheceu sabe o que estou falando”, afirmou Jorge Luiz da Silva, lembrando que o atleta tinha como ídolo Vanderlei Cordeiro de Lima, pelo que fez nos Jogos Olímpicos de Atenas.

“Mutai era formidável. Uma pessoa muito boa. Todos gostavam muito dele. Um amigo, parceiro. Tudo de bom ele tinha”, disse o treinador e ex-atleta Luiz Antonio dos Santos, que conquistou o bicampeonato da Maratona de Chicago (1993/1994) e o terceiro lugar nos 42 km do Campeonato Mundial de 1995.