Moderação na corrida

Atualizado em 01 de novembro de 2010
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*Por Miguel Sarkis

Em qualquer lugar do planeta, seja na cidade de São Paulo e em sua periferia, na cidade de Nova York e em seus bairros, na cidade de Londres ou no interior da Inglaterra, nos mais longínquos lugares do mundo, sempre haverá alguém correndo.

Porém, salvo os casos daqueles que recebem orientação médica e de um profissional do esporte, o que podemos observar, também, é que normalmente há problemas físicos relacionados á prática desta “tão inofensiva” atividade física. O problema começa quando muitas pessoas estão sentindo as lesões e estão se afastando da corrida e algumas vezes, afastam-se por vários meses e anos.

Mas, onde tudo começou? Alguém no século vinte, mais precisamente nos anos 70, nos sugeria, através de leituras, treinos rígidos e direcionados para uma prática da corrida, sem chances de “amolecer”, porém, ele mesmo, determinou, anos mais tarde, que tudo aquilo seria uma insanidade e que deveríamos andar e praticar corrida de forma moderada.

A verdade é que quando o Dr. Kennet Cooper definiu sua linha de raciocínio para a corrida, como forma de prática saudável da modalidade, não imaginou que este seria o start para uma longa e interminável jornada, rumo às maravilhas do mundo da corrida moderna.

O método se foi, porém, a corrida desenfreada permaneceu. Como seria sem este start? Não sabemos, mas talvez o início deste sucesso da corrida permaneceria atrasada, em pelo menos 50 anos. Como muita gente iniciou lá atrás, eis nos aqui, em pleno século 21, correndo, correndo e correndo.

Não tem certo e nem errado, todo mundo tem razão. O ponto de vista é que é o ponto da questão.

Tudo isto para situarmos o que estamos fazendo hoje e o que fazíamos antes. Se outrora as pessoas recebiam orientações para fazerem o que muitas vezes não poderiam realizar, dada as condições de adaptação que não eram consideradas na época, nos dias de hoje as pessoas, em muitos lugares do mundo, não recebem a orientação devida e tentam, da mesma forma, como ensinava o Dr. Kenet Cooper, realizar as corridas em máximo esforço.

O problema? É que para muitos casos o estágio forte estará, no mínimo, seis meses adiantado. Para adaptarmos adequadamente nosso organismo as cargas devidas para correr e saborear o bem estar, é necessário que o corredor se submeta a uma avaliação médica e esportiva, para que seus treinos sejam mais adequados. Pelas características dos dias de hoje, que apesar de possuirmos alimentos e suplementos variados, temos sim, uma rotina diária que haverá de acabar com os sonhos de muitos corredores iniciantes e amadores.

Siga as orientações de um médico e de um profissional do esporte que tudo se equilibrará.

Até nossa próxima corrida saudável

Miguel Sarkis

*Miguel Sarkis é Personal Trainer há 33 anos com Certificação Técnica de Atletismo pela IAAF e diretor técnico da assessoria esportiva Miguel Sarkis; Formação para Técnico em Atletismo; Especialização em Obesidade, Cardiopatas e Idosos; Desenvolve programa de qualidade de vida para pessoas de baixa renda na USP Leste (projeto Periferia Legal), e é autor do Livro: A Construção do Corredor – Editora Gente. Para acompanhar Miguel Sarkis: blog.miguelsarkis.com.br