Maratona de Mumbai

Atualizado em 19 de janeiro de 2009
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Por Cesar Candido dos Santos

Foi disputada neste domingo, dia 18 de janeiro, a Standard Chartered Mumbai Marathon, que reuniu 35 mil pessoas e foi o primeiro evento realizado na capital financeira e de entretenimento da Índia desde os ataques terroristas que aconteceram em novembro do ano passado. Como de costume, a competição foi dominada pelos quenianos, que ocuparam os três primeiros lugares do pódio na disputa masculina.

O grande campeão foi Kenneth Mugara, que completou o percurso de 42 km em 2h11min50s e estabeleceu o novo recorde da competição. O segundo lugar ficou com David Tarus (2h12min02s) e o terceiro a cruzar a linha de chegada foi John Kelai (2h12min23s), que defendia o bicampeonato.

Entre as mulheres, a vitória ficou com a etíope Haile Kebebush (2h34min08s). Ela teve ao seu lado no pódio sua compatriota Marta Marcos (2h34min15s) e a queniana Irene Mogaka (2h37min28s).

GROE
A Maratona de Mumbai é uma das competições que faz parte da GROE (Greatest Race on Earth – em português, Maior Corrida da Terra). A competição é disputada em quatro etapas (Nairóbi, Cingapura, Mumbai e Hong Kong), por equipes de diversos países. Com o terceiro lugar na classificação geral, John Kelai conseguiu manter o Quênia na liderança da GROE. O representante do Brasil na Índia foi Everton Moraes. Com o tempo de 2h25min35s, ele conquistou o 21º lugar na Maratona de Mumbai e foi o 6º melhor colocado entre os atletas que participam da GROE. Na briga feminina, Rozirene Moraes (3h10min29s) terminou como a 22ª na geral e a 8ª na GROE.

Sem chip
Um fato inusitado ocorreu na disputa feminina da Meia-Maratona em Mumbai. As jovens indianas Sunita Kanna e Savita Kamble, que fazem parte de um programa de treinamento para órfãos, completaram a prova na quarta e quinta posição, respectivamente. Porém, as duas não pagaram a taxa de US$ 4 (R$ 9) para a retirada do chip, e perderam a chance de conquistar as premiações de US$ 500 (R$ 1.166) e US$ 400 (R$ 900).

Bhagwan Nagargoje, treinador das atletas, explicou que as duas entraram na competição sem nenhuma perspectiva de vitória, e por isso achou melhor economizar o dinheiro que seria gasto com os chips.

“Viemos aqui apenas para fazer um teste. Não esperávamos nada. Então, por que adicionar mais gastos ao nosso orçamento?. Foi um erro, e assumo a culpa”, declarou.