Londres dos corredores

Atualizado em 20 de abril de 2007
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A Maratona de Londres acontece no próximo dia 22 de abril. Quem vai para a cidade com os 42 km na cabeça, provavelmente nem percebe os belos e historicamente importantes pontos por onde o percurso da prova passa. Mesmo assim, vale a pena antecipar ou prolongar um pouco a estadia para conhecer esses lugares que, além de famosos, contam uma parte da história do país.

No ano passado, o período da prova foi regado pela mundialmente conhecida garoa típica da cidade, levando a umidade do ar ao índice de 73%. Também em 2006, os termômetros marcaram uma média de 9°C no horário da corrida. O clima úmido e frio não poderia ser mais londrino.

Confira, abaixo, os pontos turísticos imperdíveis da rota da Maratona de Londres.

:: Tower Bridge
Começou a ser construída em 1886 sobre o Rio Tamisa, mas só foi inaugurada 8 anos mais tarde pelo Príncipe de Gales, Eduardo VII. O maior desafio dos mais de 400 operários foi o constante tráfego no rio, que impedia a interdição do local. Por conta disso, as duas torres de 65 metros de altura tiveram que ser levantadas uma por vez e as básculas da ponte foram construídas na vertical. As torres que dão nome à ponte são revestidas de granito e pedras de Portland, já que a exigência principal era que ficassem parecidas com a Torre de Londres. A ponte, uma das mais famosas do mundo, tem duas passarelas que ligam as duas torres e facilitam o tráfego dos pedestres de um lado do Tamisa para o outro.

:: Canary Wharf
É o edifício mais alto da cidade e abriga quase 200 lojas, bares, restaurantes e até o Four Seasons Hotel. A construção do arranha-céu que mede 244 metros e possui 50 andares marcou a revitalização e uma mudança radical na região da Isle of Dogs, antes uma área marginalizada de Londres.

:: Palácio de Buckingham
Além de ser a residência da Monarquia Britânica, o palácio é utilizado como sede de todas as visitas oficiais de chefes de estado de todo o mundo. A construção foi realizada por Duque de Buckingham em 1703 e adquirida pelo Rei Jorge III em 1762. De lá para cá, o palácio passou por inúmeras reformas e ampliações, e, hoje, conta com 429 cômodos. Apesar de toda a fama, boatos dão conta de que Buckingham é a residência oficial de que da rainha Elizabeth II menos gosta – dizem que o favorito é o Castelo de Windsor. A sacada em que a família real costuma saudar seus súditos não é dos aposentos mais utilizados. Na verdade, a rainha mora na ala norte da construção. O palácio fica aberto à visitação durante o verão, período em que a rainha passa férias no Castelo de Balmoral, na Escócia, mas apenas 20 aposentos são liberados para circulação do público.

:: Big Ben
Diferentemente do que muitos pensam, o nome Big Ben não se refere à torre do Palácio de Westminster e nem ao relógio que se encontra nela. Esse é o nome do sino de 13,5 toneladas que dá suas badaladas pontualmente. O som é transmitido ao vivo, diariamente, pela rádio BBC. O sino foi instalado pelo ministro de Obras Públicas, Benjamin Hall, em 1859. O nome foi escolhido porque Big Ben era o apelido do ministro. O relógio chama-se Tower Clock, é conhecido mundialmente pela precisão e direciona a famosa pontualidade britânica. Conta-se que certa vez uma família de pássaros pousou em um de seus ponteiros e o horário foi alterado em cinco minutos. É possível apreciar esse histórico monumento apenas de longe. A torre, sede do Parlamento Inglês, não está aberta à visitação.

:: Trafalgar Square
É o ponto central de Londres. A Charing Cross, uma das vias da praça, é o local de onde todas as distâncias em relação à capital de Inglaterra são medidas. O local leva esse nome em homenagem à vitória na batalha contra a França e a Espanha em 1808 e foi aberta ao público em 1829. Bem no centro, a 172 pés de altura (cerca de 52 metros), foi construída a Coluna de Nelson, com uma estátua do comandante naval no alto, para comemorar a vitória sobre Napoleão. Com belas fontes e um grande espaço para circulação de pedestres, o local também é usado para eventos culturais. No lado leste da praça, fica a igreja de St Martin-in-the-Fields, onde é comum a apresentação de concertos musicais durante o dia e recitais à noite. Ao norte, o visitante pode conferir a National Gallery, onde existe uma grande coleção de arte com entrada gratuita.