<font face= Talvez o principal medo entre os ciclistas seja a ocorrência de lesões. Provavelmente a lesão cause mais medo que a própria derrota. Isso acontece porque uma derrota pode ser revertida com uma vitória subseqüente, já uma lesão, além de impossibilitar em muitos casos a continuação das atividades, tem conseqüências psicológicas que interferem no bom desempenho durante as competições futuras.

As causas para lesão no ciclismo podem ser diversas e estão muitas vezes relacionadas com fatores como uma técnica de pedalada ineficiente, excesso de treinamento, treinamento excessivo de subidas, uso de relações pesadas demais combinadas com cadências baixas, dimensões incorretas da bicicleta, aquecimentos insuficientes, alterações abruptas tanto no volume quanto na intensidade de treinamento e falta de força e flexibilidade.

Dentre as lesões que mais acometem os ciclistas estão as tendinites, bursites, algias no pescoço, síndrome escapular, síndrome do túnel do carpo, dores nas costas e irritações no períneo, sendo que esta última tem merecido grande destaque após o surgimento de casos de câncer em ciclistas.

Os membros inferiores, por estarem mais diretamente envolvidos na atividade de pedalada, são os locais que mais estão propensos às lesões. As lesões nas articulações do pé e tornozelo parecem ser menos freqüentes, e estão relacionadas geralmente com uso de sapatilhas excessivamente apertadas o que ocasiona parestesia (adormecimento), sendo também as lesões do quadril raras e tendendo a aparecer quando o selim estiver alto demais.

No entanto, a articulação do joelho tem se destacado como a articulação que mais tem apresentado problemas entre os ciclistas. As dores nos joelhos são na maior parte dos casos resultantes de uma mecânica de pedalada imprópria que combinada com uma carga repetitiva leva a efeitos como condromalacia patelar, tendinite patelar, síndrome infrapatelar entre outras.

As lesões na articulação do joelho são decorrentes das forças geradas pelos ciclistas através do quadríceps sobre esta articulação. Interessante notar que a potência gerada pelo ciclista tem sido usada como um dos melhores indicativos de desempenho, mas, no entanto, a sobrecarga imposta pelos músculos da coxa sobre a articulação do joelho a torna passível de lesão, uma vez que os movimentos repetitivos característicos do ciclismo promovem um estresse demasiado nas cartilagens articulares, o que desencadeia o processo inflamatório da membrana sinovial causando o desconforto na articulação. Quando estes pequenos problemas não são detectados e tratados, lesões mais graves tendem a surgir, acarretando afastamentos mais prolongados da prática.

Também problemas relacionados com a ergonomia da bicicleta são causas de lesões na articulação do joelho, isso por que a força de compressão na patela é maior quanto maior for o grau de flexão do joelho, assim, com um maior grau de flexão, decorrente de uma menor altura do selim, maior será a pressão na patela.

Estratégias de prevenção passam por ajustes na ergonomia da bicicleta, planejamento adequado de treinamentos com a finalidade de serem evitados excessos, além de se buscar um condicionado físico adequado.

Particularmente, nosso grupo de trabalho tem desenvolvido análises da técnica de pedalada, como questões relacionadas a assimetrias entre membros na geração e aplicação de forças nos pedais.

Estas análises têm a capacidade de indicar as diferenças entre os membros, detecção de déficits musculares e posteriormente direcionar etapas do treinamento buscando a melhor função muscular, prevenindo lesões e ainda potencializando o desempenho.
"/>Foto:  Talvez o principal medo entre os ciclistas seja a ocorrência de lesões. Provavelmente a lesão cause mais medo que a própria derrota. Isso acontece porque uma derrota pode ser revertida com uma vitória subseqüente, já uma lesão, além de impossibilitar em muitos casos a continuação das atividades, tem conseqüências psicológicas que interferem no bom desempenho durante as competições futuras.

As causas para lesão no ciclismo podem ser diversas e estão muitas vezes relacionadas com fatores como uma técnica de pedalada ineficiente, excesso de treinamento, treinamento excessivo de subidas, uso de relações pesadas demais combinadas com cadências baixas, dimensões incorretas da bicicleta, aquecimentos insuficientes, alterações abruptas tanto no volume quanto na intensidade de treinamento e falta de força e flexibilidade.

Dentre as lesões que mais acometem os ciclistas estão as tendinites, bursites, algias no pescoço, síndrome escapular, síndrome do túnel do carpo, dores nas costas e irritações no períneo, sendo que esta última tem merecido grande destaque após o surgimento de casos de câncer em ciclistas.

Os membros inferiores, por estarem mais diretamente envolvidos na atividade de pedalada, são os locais que mais estão propensos às lesões. As lesões nas articulações do pé e tornozelo parecem ser menos freqüentes, e estão relacionadas geralmente com uso de sapatilhas excessivamente apertadas o que ocasiona parestesia (adormecimento), sendo também as lesões do quadril raras e tendendo a aparecer quando o selim estiver alto demais.

No entanto, a articulação do joelho tem se destacado como a articulação que mais tem apresentado problemas entre os ciclistas. As dores nos joelhos são na maior parte dos casos resultantes de uma mecânica de pedalada imprópria que combinada com uma carga repetitiva leva a efeitos como condromalacia patelar, tendinite patelar, síndrome infrapatelar entre outras.

As lesões na articulação do joelho são decorrentes das forças geradas pelos ciclistas através do quadríceps sobre esta articulação. Interessante notar que a potência gerada pelo ciclista tem sido usada como um dos melhores indicativos de desempenho, mas, no entanto, a sobrecarga imposta pelos músculos da coxa sobre a articulação do joelho a torna passível de lesão, uma vez que os movimentos repetitivos característicos do ciclismo promovem um estresse demasiado nas cartilagens articulares, o que desencadeia o processo inflamatório da membrana sinovial causando o desconforto na articulação. Quando estes pequenos problemas não são detectados e tratados, lesões mais graves tendem a surgir, acarretando afastamentos mais prolongados da prática.

Também problemas relacionados com a ergonomia da bicicleta são causas de lesões na articulação do joelho, isso por que a força de compressão na patela é maior quanto maior for o grau de flexão do joelho, assim, com um maior grau de flexão, decorrente de uma menor altura do selim, maior será a pressão na patela.

Estratégias de prevenção passam por ajustes na ergonomia da bicicleta, planejamento adequado de treinamentos com a finalidade de serem evitados excessos, além de se buscar um condicionado físico adequado.

Particularmente, nosso grupo de trabalho tem desenvolvido análises da técnica de pedalada, como questões relacionadas a assimetrias entre membros na geração e aplicação de forças nos pedais.

Estas análises têm a capacidade de indicar as diferenças entre os membros, detecção de déficits musculares e posteriormente direcionar etapas do treinamento buscando a melhor função muscular, prevenindo lesões e ainda potencializando o desempenho.

Lesões no Ciclismo

Atualizado em 22 de março de 2008
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 Talvez o principal medo entre os ciclistas seja a ocorrência de lesões. Provavelmente a lesão cause mais medo que a própria derrota. Isso acontece porque uma derrota pode ser revertida com uma vitória subseqüente, já uma lesão, além de impossibilitar em muitos casos a continuação das atividades, tem conseqüências psicológicas que interferem no bom desempenho durante as competições futuras.

As causas para lesão no ciclismo podem ser diversas e estão muitas vezes relacionadas com fatores como uma técnica de pedalada ineficiente, excesso de treinamento, treinamento excessivo de subidas, uso de relações pesadas demais combinadas com cadências baixas, dimensões incorretas da bicicleta, aquecimentos insuficientes, alterações abruptas tanto no volume quanto na intensidade de treinamento e falta de força e flexibilidade.

Dentre as lesões que mais acometem os ciclistas estão as tendinites, bursites, algias no pescoço, síndrome escapular, síndrome do túnel do carpo, dores nas costas e irritações no períneo, sendo que esta última tem merecido grande destaque após o surgimento de casos de câncer em ciclistas.

Os membros inferiores, por estarem mais diretamente envolvidos na atividade de pedalada, são os locais que mais estão propensos às lesões. As lesões nas articulações do pé e tornozelo parecem ser menos freqüentes, e estão relacionadas geralmente com uso de sapatilhas excessivamente apertadas o que ocasiona parestesia (adormecimento), sendo também as lesões do quadril raras e tendendo a aparecer quando o selim estiver alto demais.

No entanto, a articulação do joelho tem se destacado como a articulação que mais tem apresentado problemas entre os ciclistas. As dores nos joelhos são na maior parte dos casos resultantes de uma mecânica de pedalada imprópria que combinada com uma carga repetitiva leva a efeitos como condromalacia patelar, tendinite patelar, síndrome infrapatelar entre outras.

As lesões na articulação do joelho são decorrentes das forças geradas pelos ciclistas através do quadríceps sobre esta articulação. Interessante notar que a potência gerada pelo ciclista tem sido usada como um dos melhores indicativos de desempenho, mas, no entanto, a sobrecarga imposta pelos músculos da coxa sobre a articulação do joelho a torna passível de lesão, uma vez que os movimentos repetitivos característicos do ciclismo promovem um estresse demasiado nas cartilagens articulares, o que desencadeia o processo inflamatório da membrana sinovial causando o desconforto na articulação. Quando estes pequenos problemas não são detectados e tratados, lesões mais graves tendem a surgir, acarretando afastamentos mais prolongados da prática.

Também problemas relacionados com a ergonomia da bicicleta são causas de lesões na articulação do joelho, isso por que a força de compressão na patela é maior quanto maior for o grau de flexão do joelho, assim, com um maior grau de flexão, decorrente de uma menor altura do selim, maior será a pressão na patela.

Estratégias de prevenção passam por ajustes na ergonomia da bicicleta, planejamento adequado de treinamentos com a finalidade de serem evitados excessos, além de se buscar um condicionado físico adequado.

Particularmente, nosso grupo de trabalho tem desenvolvido análises da técnica de pedalada, como questões relacionadas a assimetrias entre membros na geração e aplicação de forças nos pedais.

Estas análises têm a capacidade de indicar as diferenças entre os membros, detecção de déficits musculares e posteriormente direcionar etapas do treinamento buscando a melhor função muscular, prevenindo lesões e ainda potencializando o desempenho.