Lefevere rancoroso

Atualizado em 23 de setembro de 2011
Mais em

Por Fernando Bittencourt

Como um bom diretor de equipe, Patrick Lefevere torce para que os seus comandados saiam com a vitória na prova de estrada do Mundial de Ciclismo, que será disputado neste domingo (25). Apesar de ter contratado recentemente o campeão mundial de contrarrelógio, o alemão Tony Martin, o dirigente da Omega Pharma-QuickStep espera que o francês Sylvain Chavanel termina a prova de Copenhague com a camisa arco-íris.

Ao falar sobre o que espera sobre a prova, Lefevere revela um lado rancoroso. O belga não quer ver seu compatriota Philippe Gilbert brilhando nessa prova, já que ele não quis continuar na Omega Pharma, que se juntou com a QuickStep, e partiu para a BMC.

“Espero que Sylvain Chavanel se torne o novo campeão mundial e que Philippe Gilbert morra em sua roda”, disparou o dirigente. “Peço perdão ao meu país, mas este francês é quem passou o ano disputando as provas junto a mim. Eu sei de seu valor e a medalha de ouro serviria para coroar a temporada dele, que além de ter sido campeão francês e segundo colocado no Tour de Flandres, ainda vestiu a Camisola Roja na Vuelta a España entre as etapas 4 e 7. Assim como Tom Boonen, Tony Martin e Levi Leipheimer, ele é uma das jóias da minha coroa para 2012”, completou Lefevere.

Recostrução para 2012:

A QuickStep não irá apenas utilizar o nome de um novo patrocinador em 2012, mas também irá reconstruir a imagem da equipe, a partir das contratações feitas recentemente com grandes nomes do ciclismo mundial. Depois de um ano não muito bom, em que a equipe ocupou a 16ª posição de 18 possíveis no ranking WorldTour da União Ciclística Internacional (UCI), as novas contratações poderão ajudar o time a ganhar pontos para melhor sua situação perante as outras equipes.

“Foi um ano bastante fraco em que o título mundial fez muito bem para nós. Tony Martin começará a correr por nós a partir do 1º dia de janeiro, mas recebi trinta mensagens de texto no celular me felicitando pela escolha e contratação do alemão, realizadas por mim. O contrarrelógio foi nosso ponto fraco neste ano e, com Tony Martin, Levi Leipheimer, Bert Grabsch e Michal Kwiatkowski, tudo irá mudar a partir de 2012. Martin, para nós, foi um investimento totalmente seguro e certeiro”, concluiu o diretor, comemorando bastante.