Por Fernando Bittencourt

Quando Alexander Vinokourov anunciou sua aposentadoria – após sofrer uma queda durante a 9ª etapa do Tour de France -, a Astana foi atrás de Andrey Kashechkin, que não tem uma boa relação com Vino, para o cargo de líder da equipe e foi tido como o salvador do time cazaque.

Kashechkin sonhou em realizar uma boa performance na Vuelta a España para que Vino se tornasse apenas uma mera lembrança na Astana, no entanto, não se destacou na grande volta espanhola. E mais: teve de se conformar com a rápida recuperação de Vinokourov, que desistiu da aposentadoria e pleiteou seu retorno ao time cazaque.

Vinokourov anunciou que tem dois objetivos para a próxima temporada: ajudar seu time ranking World Tour, feito pela União Ciclística Internacional (UCI), e começar a cuidar de assuntos administrativos da Astana, já que o veterano de 38 anos assumirá, concomitantemente com suas pedaladas, um cargo diretivo na equipe. E – dirigente ou desafeto – Vino lançou duras críticas para Kashechkin.

“Andrey Kashechkin deve deixar de fazer declarações radicais nos meios de comunicação e se focar nos treinamentos. Em primeiro lugar, acho necessário que ele coloque os pés no chão, por assim dizer e treinar como todos os outros integrantes, se concentrando com a equipe e mantendo uma boa relação com os demais. Ele teve alguns bons resultados, mesmo que poucos, mas tem muito talento. Logo, creio que ele tenha que trabalhar bastante, em vez de gritar, pedindo vitória com um megafone para todo mundo”, concluiu Vinokourov.

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