<p><font face=Depois de completar pela primeira vez em 2007 um dos mais duros desafios esportivos do mundo, o ciclista santista Júlio Paterlini (Memorial/ Sundown Bikes/ Intac/ PowerBar) confirmou novamente sua participação na Race Across America (RAAM) em 2008, e mais uma vez na categoria solo, a mais difícil. O competidor de 41 anos terá que pedalar cerca de 4890 km ininterruptamente, cruzando os Estados Unidos de costa a costa.

A principal prova de endurance do planeta atravessa todos os Estados Unidos, da Costa Oeste à Leste, e os ciclistas ainda têm de enfrentar agravantes como variações térmicas do calor de 50 graus ao frio de temperatura negativa, diversos tipos de relevo, com grandes montanhas de mais de 3 mil metros de altitude. Tudo isso, com o prazo máximo de 12 dias para cruzar a linha de chegada.

“Realmente, é uma loucura, mas já está tudo certo para 2008 e quero melhorar o meu desempenho e chegar entre os cinco primeiros e completar, no máximo, em 10 dias”, afirmou Paterlini. “Pelo que vi e agora que já conheço a prova, sei que posso brigar para estar entre os cinco. Ganhar é impossível”, admitiu.

Segundo ele, para brigar pelo título é preciso uma grande estrutura e uma vida totalmente voltada à prova. “Teria de me dedicar exclusivamente ao treinamento e ter, por exemplo, três staffs patrocinadores para treinar comigo. Hoje tenho os meus negócios. Sou atleta, acho que isto está no sangue, mas quando se fala em RAAM é preciso muita dedicação e retaguarda”, afirmou o ciclista.

Na prova deste ano, Júlio completou os 4.898,6 km em 11 dias, 20 horas e 25 minutos, incluindo as 3h45 minutos de punição (infrações de trânsito), chegando em 12º lugar, ao lado do também santista Cláudio Clarindo (chegaram juntos). Ele largou com princípio de pneumonia, ficou debilitado durante o esforço e no quarto dia sua temperatura subiu muito, obrigando-o a ficar imerso em gelo.

“Nunca pensei em desistir. Mas sabia que seria muito difícil”, comentou Júlio, que pretende levar, novamente, uma estrutura completa para acompanhá-lo, com médico, nutricionista, fisioterapeuta e mecânico. “A equipe de apoio é fundamental nessa prova. Sem um bom apoio, não há condições de completar”, destacou.

“Conhecendo a prova, já fica mais fácil, ou menos difícil. Sei o que tenho de fazer melhor, o que tenho de corrigir, como dormir mais e desde a primeira noite, por exemplo. A logística será melhor”, argumentou o atleta. A preparação para a RAAM tem início agora e antes da principal prova da temporada, ele deve fazer um “aperitivo” nos Estados Unidos, numa prova de 800 km, em fevereiro ou abril.


"/>Foto:

Depois de completar pela primeira vez em 2007 um dos mais duros desafios esportivos do mundo, o ciclista santista Júlio Paterlini (Memorial/ Sundown Bikes/ Intac/ PowerBar) confirmou novamente sua participação na Race Across America (RAAM) em 2008, e mais uma vez na categoria solo, a mais difícil. O competidor de 41 anos terá que pedalar cerca de 4890 km ininterruptamente, cruzando os Estados Unidos de costa a costa.

A principal prova de endurance do planeta atravessa todos os Estados Unidos, da Costa Oeste à Leste, e os ciclistas ainda têm de enfrentar agravantes como variações térmicas do calor de 50 graus ao frio de temperatura negativa, diversos tipos de relevo, com grandes montanhas de mais de 3 mil metros de altitude. Tudo isso, com o prazo máximo de 12 dias para cruzar a linha de chegada.

“Realmente, é uma loucura, mas já está tudo certo para 2008 e quero melhorar o meu desempenho e chegar entre os cinco primeiros e completar, no máximo, em 10 dias”, afirmou Paterlini. “Pelo que vi e agora que já conheço a prova, sei que posso brigar para estar entre os cinco. Ganhar é impossível”, admitiu.

Segundo ele, para brigar pelo título é preciso uma grande estrutura e uma vida totalmente voltada à prova. “Teria de me dedicar exclusivamente ao treinamento e ter, por exemplo, três staffs patrocinadores para treinar comigo. Hoje tenho os meus negócios. Sou atleta, acho que isto está no sangue, mas quando se fala em RAAM é preciso muita dedicação e retaguarda”, afirmou o ciclista.

Na prova deste ano, Júlio completou os 4.898,6 km em 11 dias, 20 horas e 25 minutos, incluindo as 3h45 minutos de punição (infrações de trânsito), chegando em 12º lugar, ao lado do também santista Cláudio Clarindo (chegaram juntos). Ele largou com princípio de pneumonia, ficou debilitado durante o esforço e no quarto dia sua temperatura subiu muito, obrigando-o a ficar imerso em gelo.

“Nunca pensei em desistir. Mas sabia que seria muito difícil”, comentou Júlio, que pretende levar, novamente, uma estrutura completa para acompanhá-lo, com médico, nutricionista, fisioterapeuta e mecânico. “A equipe de apoio é fundamental nessa prova. Sem um bom apoio, não há condições de completar”, destacou.

“Conhecendo a prova, já fica mais fácil, ou menos difícil. Sei o que tenho de fazer melhor, o que tenho de corrigir, como dormir mais e desde a primeira noite, por exemplo. A logística será melhor”, argumentou o atleta. A preparação para a RAAM tem início agora e antes da principal prova da temporada, ele deve fazer um “aperitivo” nos Estados Unidos, numa prova de 800 km, em fevereiro ou abril.


Júlio Paterlini novamente na Race Across America

Atualizado em 22 de março de 2008
Mais em

Depois de completar pela primeira vez em 2007 um dos mais duros desafios esportivos do mundo, o ciclista santista Júlio Paterlini (Memorial/ Sundown Bikes/ Intac/ PowerBar) confirmou novamente sua participação na Race Across America (RAAM) em 2008, e mais uma vez na categoria solo, a mais difícil. O competidor de 41 anos terá que pedalar cerca de 4890 km ininterruptamente, cruzando os Estados Unidos de costa a costa.

A principal prova de endurance do planeta atravessa todos os Estados Unidos, da Costa Oeste à Leste, e os ciclistas ainda têm de enfrentar agravantes como variações térmicas do calor de 50 graus ao frio de temperatura negativa, diversos tipos de relevo, com grandes montanhas de mais de 3 mil metros de altitude. Tudo isso, com o prazo máximo de 12 dias para cruzar a linha de chegada.

“Realmente, é uma loucura, mas já está tudo certo para 2008 e quero melhorar o meu desempenho e chegar entre os cinco primeiros e completar, no máximo, em 10 dias”, afirmou Paterlini. “Pelo que vi e agora que já conheço a prova, sei que posso brigar para estar entre os cinco. Ganhar é impossível”, admitiu.

Segundo ele, para brigar pelo título é preciso uma grande estrutura e uma vida totalmente voltada à prova. “Teria de me dedicar exclusivamente ao treinamento e ter, por exemplo, três staffs patrocinadores para treinar comigo. Hoje tenho os meus negócios. Sou atleta, acho que isto está no sangue, mas quando se fala em RAAM é preciso muita dedicação e retaguarda”, afirmou o ciclista.

Na prova deste ano, Júlio completou os 4.898,6 km em 11 dias, 20 horas e 25 minutos, incluindo as 3h45 minutos de punição (infrações de trânsito), chegando em 12º lugar, ao lado do também santista Cláudio Clarindo (chegaram juntos). Ele largou com princípio de pneumonia, ficou debilitado durante o esforço e no quarto dia sua temperatura subiu muito, obrigando-o a ficar imerso em gelo.

“Nunca pensei em desistir. Mas sabia que seria muito difícil”, comentou Júlio, que pretende levar, novamente, uma estrutura completa para acompanhá-lo, com médico, nutricionista, fisioterapeuta e mecânico. “A equipe de apoio é fundamental nessa prova. Sem um bom apoio, não há condições de completar”, destacou.

“Conhecendo a prova, já fica mais fácil, ou menos difícil. Sei o que tenho de fazer melhor, o que tenho de corrigir, como dormir mais e desde a primeira noite, por exemplo. A logística será melhor”, argumentou o atleta. A preparação para a RAAM tem início agora e antes da principal prova da temporada, ele deve fazer um “aperitivo” nos Estados Unidos, numa prova de 800 km, em fevereiro ou abril.