Já pensando em 2013

Atualizado em 05 de janeiro de 2011
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Por Fernando Bittencourt

Apesar de ter completado recentemente 38 anos de idade, Alessandro Petacchi (Lampre-ISD) afirma que pretende deixar sua aposentadoria apenas para o final de 2013. As etapas vencidas em 2011 na Volta da Catalunha e da Turquia, além de outra no Giro d’Italia, lhe deram motivação para continuar pedalando.

“Estou bem para continuar competindo. Em 2006 perdi um ano, portanto, agora tenho um ano para compensar. Não sinto que esta será minha última temporada, pois em 2011 conquistei triunfos importantes e eu realmente gostaria de continuar por mais um ano após 2012”, disse Petacchi.

O italiano ainda comentou sobre outro motivo que teria impulsionado seu desejo de seguir pedalando: superar o ex-ciclista profissional Mario Cipollini em número de vitórias. “Seria uma grande satisfação pessoal. Mario é um grande campeão e foi muito importante para minha carreira tê-lo como rival. Creio que superar um estrangeiro não teria o mesmo gosto”, comentou o atleta da Lampre-ISD sobre Cipollini, que conquistou 191 vitórias em sua carreira, encerrada no ano de 2005 na equipe Liquigas-Bianchi – o atleta chegou a competir a Volta da Califórnia em 2008 pela equipe Rock Racing.

Petacchi também enalteceu as conquistas do atual campeão mundial de estrada Mark Cavendish e que superá-lo é um desejo para este novo ano. “Ele tem demonstrado ser um grande campeão, sempre competindo em grande nível. Tem muitos anos pela frente e acabou de vencer um Mundial indiscutivelmente, digno de aplausos. Para mim é um rival e, depois de superar Cipollini, vencê-lo seria outra meta. Tenho 38 anos e esta não é uma tarefa fácil para mim, mas estou de volta ao jogo e fazendo o máximo para estar nas melhores condições possíveis durante a temporada. Não será fácil obter o número de vitórias de anos atrás, mas vencer Cavendish seria algo muito gratificante”.

Por fim, o ciclista dá a entender que começa a desistir da ideia de ir a Londres. Após ter testado positivo em 2007 durante o Giro d’Italia pelo consumo de salbutamol, a Federação Italiana de Ciclismo (FCI) o proibiu de competir por seu país. Apesar de ter tentado mudar de nacionalidade para disputar o Campeonato Mundial, o atleta não obteve o sucesso esperado. “A ideia de me naturalizar foi levada adiante para o Mundial, mas é algo muito complicado de se fazer. Agora, apenas espero que a FCI repense sobre as regras impostas quanto ao doping”, finalizou.