Hooligans na Paris-Roubaix

Atualizado em 14 de abril de 2009
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A 17 km da linha de chegada da Paris-Roubaix, o Carrefour de l’Arbre é, com seu caminho de paralelepípedos, uma das partes mais difíceis e importantes da competição. Através de seus 2,1 km encontram-se poucos espectadores da corrida, porém, é um dos locais favoritos dos hooligans, famosos por tumultuar jogos de futebol, para atormentar os ciclistas.

“Os espectadores eram vulgares e agressivos, sem respeito pelos corredores”, disse o francês e ex-ciclista profissional Martial Gayant. “Eu estava com alguns convidados no meu carro [seguindo a corrida] e eles ficaram assustados”.

Além de Gayant, outro que sofreu com os hooligans belgas foi o diretor da Saxo Bank, Bjarne Riis, que teve um retrovisor quebrado e alguns carros de sua caravana atingidos por socos, cerveja e até pedras.

Os competidores também não escaparam. De acordo com Filippo Pozzato (Katusha), segundo colocado na clássica, “os fãs belgas não foram muito educados”. “Eu levei uma cuspida de alguém”, contou o ciclista italiano.

O diretor da corrida, Jean-François Pescheux, reconhece que há problemas no local. “O público mostra falta de disciplina e o Carrefor de l’Arbre está virando um setor crítico”, disse ao periódico “La Dernière Heure”. “Estamos procurando solução, mas até agora não achamos nenhuma. Usar barreiras como na floresta de Arenberg é quase impossível, e sem dúvida apenas levaria o problema a outro local”.