Hálux rígido

Atualizado em 06 de setembro de 2018

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por Ricardo Bassani | Infográfico Erika Onodera[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”14926464928″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full” el_class=”img-porquedoi”][vc_column_text]Chamada, em latim, de hallux rigidus, ou de hálux rígido, em português — essa condição é uma desordem degenerativa da maior articulação do primeiro dedo do pé, o popular dedão, devido à sobrecarrega e impactos entre os ossos da articulação envolvida. Parece cômica, mas é séria, uma vez que o hálux rígido produz desgaste da cartilagem que, em condições normais, impede os ossos de rasparem uns nos outros. Com o desgaste da cartilagem ocorre a formação de bicos e saliências ósseas, o crescimento ósseo anormal na base do  dedão do pé  e rigidez, que pode progredir para o bloqueio completo do movimento — daí o hálux rígido ser chamado de dedo “realmente duro”.

O hálux rígido é uma das lesões mais comuns em corredores, principalmente em homens, relacionada a esportes como salto e corrida, em função do impacto.

Como identificar o hálux rígido? Bem, primeiro você conhece as dores com endereço certo, bem ao lado do dedão do pé. Depois, começa a perder a flexão e a extensão do movimento.

As alterações são degenerativas (não confundir com hálux valgo, o popular joanete) e incapacitantes, aumentando de importância (e comprometendo a cura) quanto mais tempo demorar o início do tratamento. A dor do hálux rígido pode variar de acordo com o grau de evolução da doença, com o tipo de calçado utilizado e com a atividade física exercida. Em 80% dos casos existe o acometimento bilateral.

O tratamento conservador do hálux rígido, indicado nos casos leves e iniciais, consiste na correção da pisada, associada à fisioterapia. Já os casos mais severos, quando existe perda de movimento, exigem cirurgia e até aplicação de implantes.

Apesar de estar associado ao envelhecimento (artrose), o hálux rígido é mais comum em jovens, por causa da prática de esportes de impacto, incluindo atletas profissionais de alto nível, como o ex-jogador de basquete Shaquille O’Neal, cujos “dedos realmente duros” exigiram duas cirurgias para voltar ao normal.

A perda de movimento tem várias fases, medidas pelo comprometimento de amplitude do dedão (extensão e flexão) e da cartilagem, sempre seguida de dores (mesmo durante o repouso), que devem ser tratadas com o uso de órteses de silicone (dispositivos que proporcionam melhora funcional) e de medicação anti-inflamatória. Medidas como imobilização temporária, modificação do tipo de calçado e uso de proteção na hora da corrida ajudam a minimizar os sintomas e a retardar a evolução da doença. O mais importante, porém, é reaprender a fazer os movimentos dos pés, corrigir possíveis erros de postura e pisada, e reposicionar as passadas, fazendo um treino de marcha.[/vc_column_text][vc_tabs interval=”0″ el_class=”porquedoi”][vc_tab title=”Causa” tab_id=”1413811986-1-48af6a-de75″][vc_column_text]• Exagero na prática de esportes de impacto ou crescimento acelerado dos treinos.
• Uso de tênis inadequados para corrida.
• Pressão constante sobre toda a área do dedão do pé.
• Pés estreitos, longos, pronados e com arcos instáveis.
• Obesidade, reumatismo, gota, psoríase, infecções, formação genética e alterações anatômicas.[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Sintomas” tab_id=”1413811986-2-38af6a-de75″][vc_column_text]• Dor e rigidez localizada ao lado do dedão do pé normalmente ao acordar, podendo ser agravada pelo frio.
• Dor e queimação ao correr, andar, agachar ou flexionar o dedão.
• Dificuldade maior em aclives e ao subir escadas.
• Inchaço, inflamação local e calosidade crescente.
• Modificação no caminhar ou ao permanecer apoiado.
• Dores constantes, mesmo ao abandonar a corrida e ficar descalço.[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Tratamento” tab_id=”1413812182746-2-2af6a-de75″][vc_column_text]• Diagnosticar fase da doença conforme a perda do movimento e o dano à cartilagem.
• Fisioterapia e uso de anti-inflamatórios e corticosteroides, para redução de dor e inflamação.
• Troca de tipos de tênis e calçados.
• Uso de órteses.
• Cirurgia óssea.[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Prevenção” tab_id=”1413812258134-3-9af6a-de75″][vc_column_text]• Suspender a atividade ao menor sinal de dor e buscar orientação médica.
• Usar tênis e calçados que reduzam a pressão sobre a articulação do dedão.
• Imobilizar temporariamente a articulação.
• Escalonar os treinos e controlar as atividades físicas que exigem mais do hálux, para não cometer excessos.[/vc_column_text][/vc_tab][/vc_tabs][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_accordion collapsible=”yes” active_tab=”false” el_class=”porquedoi”][vc_accordion_tab title=”RETORNO ÀS CORRIDAS”][vc_column_text]• Apenas depois do restabelecimento da amplitude de movimento do dedão, e sem dores.
• No caso de cirurgia, após a alta médica.
• Após fisioterapia e reeducação das passadas.[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text](Fontes: Dr. Ricardo Galotti é médico desportivo, especialista em ortopedia, traumatologia e medicina do esporte, presidente da Sociedade Paulista de Medicina do Esporte, médico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Sport Club Corinthians Paulista)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]