Por Fernando Bittencourt

Denis Menchov declarou nesta terça-feira (25) que o fim da Geox-TMC está próximo. O russo disse que o time precisa de um patrocinador novo nos próximos dez dias, já que a Geox rompeu o acordo com a estrutura de Mauro Gianetti e este é o prazo final para as equipes apresentarem suas exigências bancarias. Para o bicampeão da Vuelta, só um milagre salva a esquadra e ele já negocia seu futuro para 2012.

“Me enviaram um e-mail que dizia não haver nenhuma garantia financeira para a equipe, assim como não havia a certeza de obter uma licença Pro Continental para o time. Se em dez dias não aparecer um novo patrocinador, tudo leva a crer que o time deixará de existir, caso contrário, seguirei na equipe onde tenho um excelente contrato”, disse o ciclista.

Com a incerteza sobre o seu futuro, Menchov revelou que negocia com outros times, mas praticamente descartou a Katusha, equipe de seu país. “Meu futuro é em uma empresa estrangeira”, falou o russo. “Comecei a falar com as outras equipes. Com calma, vou considerar todas as opções. Mas são times de primeira divisão”, completou.

Outro que está vivendo o drama de Menchov é José Juan Cobo, o atual campeão da Vuelta a España. Ele, que havia recém firmado um contrato com a Geox-TMC, torce para que Mauro Gianetti resolva em breve essa situação.

“Acabei de renovar meu contrato por mais dois anos e meu único objetivo é poder competir no ano que vem. Estamos vivendo entre a incerteza e a esperança e esperamos que o Mario Gianetti consiga tirar uma carta da manga, pois assim será difícil prosseguir para o Tour e a Vuelta e seria muito triste se tudo acabasse desta forma”, declarou Cobo.

Quem poderia abraçar alguns dos ciclistas da Geox é a Saxo Bank, que tem ainda espaço para cinco competidores com a saída de Andre Steensen, Brian Vandborg e Volodymir Gustov do time nesta semana. Alberto Contador, líder do time, implorou para seu diretor, Bjarne Riis, que precisa de um escalador como gregário para 2012. Assim que o espanhol deu essa declaração, os nomes de Menchov e Cobo foram ventilados.

Mas Riis não parece muito animado em atender os desejos de Contador – ou faz jogo de cena para ter maior poder de negociação –, pois bate na tecla de que não há mais verba para 2012 e, por isso, não pode trazer um grande reforço.

“Temos limitações econômicas que têm que ser respeitadas. A equipe está completa e estamos tão fortes como em 2011. Estou feliz com o que temos para trabalhar na próxima temporada, creio que temos uma forte equipe para o Giro e para o Tour 2012 e contamos com várias opções para trabalharmos para Alberto Contador. A única coisa com a qual teremos de nos preocupar agora é a situação de Contador no Tribunal Arbitral Desportivo (o espanhol será julgado em novembro pelo consumo de clembuterol)”, disse o dirigente dinamarquês.

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