Por Fernando Bittencourt

Oscar Freire (Rabobank) admitiu nesta sexta-feira (30) que se surpreendeu com a vitória de Mark Cavendish no último domingo (25) na prova de estrada do Campeonato Mundial em Copenhague, na Dinamarca. O ciclista, no entanto, reconheceu que o britânico possui grandes habilidades, além de enaltecer o belo trabalho de equipe realizado pela seleção britânica.

O espanhol ressaltou que é praticamente impossível parar Cavendish quando seu time o embala até os últimos 200 metros de prova, além de elogiar sua capacidade de buscar a vitória quando não se encontra em uma situação tão favorável.

“Mark é um grande ciclista, que me surpreendeu diversas vezes, como, por exemplo, ao vencer a Milão-San Remo em 2009 e o último Mundial. Ele venceu várias disputas, como algumas etapas do Tour de France e conta não apenas com uma qualidade excepcional como também com um grande time”, elogiou Freire.

Quando questionado sobre a camisa verde de Cavendish, conquistada no Tour de France, Freire afirmou que as regras da grande volta francesa deveriam ser revisadas, já que o campeão mundial cruzou a meta além do tempo limite em duas etapas da prova e deveria ter sido desclassificado. Por conta de um grande número de ciclistas que fizeram a mesma coisa, a organização da competição decidiu apenas puni-los em 20 pontos.

“A regra diz que o atleta é desclassificado automaticamente, a partir do momento que não consegue realizar a prova no tempo limite. Esta é a regra e me parece errado não desclassificar a todos que não conseguiram cumpri-la. Se o ciclista está doente ou se sofre um acidente, como uma queda, por exemplo, ele não pode voltar para competir, no entanto, neste caso todos foram apenas punidos. Isto não é bom e eu não entendo isto. Por mim, eles deveriam mudar a regra”, reclamou o líder da Rabobank.

Embora tenha confirmado que seguirá competindo durante a próxima temporada, Freire ainda não sabe ao certo por qual equipe. Foi cogitada a transferência do ciclista para a RadioShack, que contará com um fortíssimo time em 2012 após ter se fundido com a Leopard-Trek, no entanto, houveram rumores de que ele poderia se transferir para a Movistar, desmentidos pelo atleta. “Eu acho que será difícil competir pela Movistar. Não sei para onde eu vou, mas provavelmente não irei para lá, pois não recebi nenhuma proposta deles”, concluiu Freire. Outro provável destino do espanhol pode ser a Geox-TMC, que chegou a sondar o sprinter.

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