Fórmulas de conversão da altura do selim da bike

Atualizado em 09 de novembro de 2010
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As relações entre as dimensões corporais e as da bicicleta seguem amplamente sendo utilizadas para o ajuste do posicionamento sobre a bicicleta, procedimento este popularmente conhecido como bike fit.

Diversas medidas corporais possuem relação com a regulagem dos componentes da bicicleta, dentre elas o comprimento dos membros inferiores como determinante da altura do selim.

Um pesquisador chamado De Vey Mestdagh (1998) propôs as seguintes medidas corporais apresentadas na figura 1, determinação da altura do selim. O ciclista precisa estar descalço e com os pés em distância relativa a largura dos quadris.

 
Figura 1. Medidas da altura dos ísquios ao solo (A), altura do trocânter ao solo (B) e altura da sínfise púbica ao solo (C).

Estas medidas foram relacionadas com a minimização do custo energético (Nordeen-Snyder, 1977) e a maximização do desempenho no ciclismo (Hamley e Thomas, 1967).

O ajuste “ótimo” da altura do selim com o objetivo de minimizar o custo energético e maximizar o desempenho vem sendo sugerido de forma que a altura do selim seja igual à altura do trocânter ao solo (Nordeen-Snyder, 1977), sendo a altura do selim medida a partir da superfície do pedal ao topo do selim com o pedivela alinhado ao tubo de selim.

Para o ajuste da altura do selim utilizando a altura dos ísquios ao solo ou mesmo a altura da sínfise púbica ao solo, um acréscimo de 10% deve ser incluído nestas medidas.

A presença de diferenças na altura destas variáveis em relação ao solo pode conduzir também a diferentes ajustes na altura do selim, uma vez que dependem também das características anatômicas individuais e da orientação da pelve de cada sujeito na postura em pé.

Desta forma, a avaliação do ângulo de flexão do joelho ainda apresenta-se como a forma mais fidedigna de ajuste da altura do selim, comparada as medidas antropométricas (Peveler, Bishop et al., 2005).

REFERÊNCIAS UTILIZADAS
De Vey Mestdagh, K. Personal perspective: In search of an optimum cycling posture. Applied Ergonomics, v.29, n.5, p.325-334. 1998.

Hamley, E. J. e V. Thomas. Physiological and postural factors in the calibration of the bicycle ergometer. Journal of Physiology, v.191, n.2, p.55P-56P. 1967.

Nordeen-Snyder, K. S. The effect of bicycle seat height variation upon oxygen consumption and lower limb kinematics.

Medicine and Science in Sports and Exercise, v.9, n.2, p.113-117. 1977.

Peveler, W. W., P. Bishop, et al. Comparing methods for setting saddle height in trained cyclists. Journal of Exercise Physiology Online, v.8, n.1, p.51-55. 2005.