Federação e Ministério cazaque apóiam Vinokourov

Atualizado em 01 de agosto de 2007
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Por Daniel Balsa

O cazaque Alexandre Vinokourov, recém-demitido da Astana, tenta provar nos tribunais sua inocência após ter sido flagrado em dois exames antidoping – na 13ª e 15ª etapa do Tour de France 2007 –, além do que a contra-prova de um deles indicou a realização de uma transfusão de sangue homóloga.

A alegação do ciclista é que sua queda na primeira semana de prova acarretou na formação de coágulos sanguíneos, portanto, este seria o motivo do “engano” em suas análises.

O argumento de Vino parece ter convencido a Federação de Ciclismo do Cazaquistão, que está disposta a lutar pela inocência do atleta. Vinokourov também conta com o amparo do Ministério dos Esportes de seu país.

“O ciclista negou ter se dopado e o Ministério dos Esportes do Cazaquistão está totalmente ao lado dele. Vamos defender nossa postura, que consiste em afirmar que o resultado apontado nas amostras A e B foi conseqüência de uma dura queda de Vinokourov na quinta etapa do Tour, que resultou em mais de 30 curativos em seus joelhos”, declarou Alexander Antyshev, diretor-executivo da Federação de Ciclismo do Cazaquistão, à agência “Kazinform”.

O dirigente afirmou que a entidade irá apelar dos resultados na Corte de Arbitragem de Lausanne, na Suíça. “Vamos tratar de mostrar que o desenlace das análises foram errôneos”, disse.

Antyshev ainda disparou contra os organizadores do Tour de France: “Segundo nossas informações, o presidente da União Internacional de Ciclismo (UCI) também acha que eles não tinham o direito de retirar a Astana e seu conjunto da prova”, contou.

Com tamanho apoio, Vinokourov segue jurando inocência. “Vou juntar todas os indícios possíveis para fazer a melhor corrida da minha carreira, que será provar que estou certo”, finalizou.