Neste domingo de feriado prolongado, a Cidade Universitária da USP, em São Paulo, estará movimentada com a disputa da 2ª etapa do 18º Troféu Brasil de Triathlon, o maior circuito da América Latina na modalidade, que deve reunir mais de 600 atletas de todo o País e também da Argentina.

A prova terá início às 8 horas, na raia olímpica de remo e entre os grandes cotados estarão os atuais campeões do ranking e vencedores da etapa inicial, Carla Moreno e Fábio Carvalho. “Gosto muito de competir lá, pois treino na raia. Então, poder competir onde treino é tudo de bom. Também gosto de circuito duros, técnicos, pois exige mais de todos”, disse Carla, que quer o heptacampeonato.

A área de transição das modalidades e chegada serão montadas em frente à entrada principal da raia olímpica. Nas categorias profissional e elite amadora, os atletas nadarão 1.500 metros, pedalarão 40 km e correrão outros 10. Já os amadores, incluindo os revezamentos, completarão metade dessas distâncias.

Dicas de profissional – O triatleta Guto Antunes (Herbalife/Maktour Turismo/Ceepo Bikes e Competition/Força Dinâmica/Medley Triathlon) já conquistou resultados expressivos no Troféu Brasil de Triathlon e em Provas Internacionais com distância olímpica. Com 90% de seus resultados entre os TOP 5, Guto dá algumas dicas para a prova na USP, que segundo ele pode ser a mais técnica das sete etapas que compõem o circuito.

“A natação é realizada na Raia Olímpica (e para aqueles que têm medo da qualidade da água, podem ir tranquilos, a qualidade está boa!) e por não haver a presença de correntes e marolas torna a disputa na água bem específica. O ciclismo acontece pelas ruas da cidade universitária, num percurso em que as retomadas de curva, subidas e descidas (e alguns desníveis no asfalto) demandam do atleta não só técnica nas pedaladas, mais muita atenção. Para finalizar, a corrida (que parece fácil, mas só fica atrás em dificuldade da Etapa de Goiânia) engana o triatleta que chega desavisado ao percurso e não está preparado para enfrentar suas características”, adianta Guto. Abaixo, mais dicas do triatleta.

Natação
Pelo fato da largada ser feita de dentro da água, é importante que o triatleta dê duas pernadas de peito para poder sair a toda velocidade até a primeira bóia. É importante chegar nela sem muita gente batendo em você, uma vez que o espaço entre a primeira e a segunda bóia é muito curto (e se você virar junto de muita gente vai perder muito tempo nesta primeira “perna” da prova). Se você for um iniciante, não se preocupe: largue no seu ritmo, mantenha o lado esquerdo da raia e vire a bóia um pouco por fora. Isso vai fazer você fugir da pancadaria e segurar seu ritmo durante toda a natação.
Obs.: Transição 1: Tome muito cuidado na primeira transição. Ela é feita numa rampa (na saída da água) que costuma ser um pouco escorregadia! Em última instância, use a grade de proteção para se apoiar e não cair.

Ciclismo
Independente se você é um grande ciclista ou não, este é o ponto chave da prova se você almeja seu melhor resultado. Caso você já tenha treinado ou competido na USP, já conhece que a presença de subidas, vento, desníveis e curvas tornam esta etapa uma aliada para quem conhece o percurso. Mas ela pode ser também o fim dela se você não souber dosar o seu esforço (lembre-se que você terá que correr depois!). Saia de forma progressiva e guarde energia a partir dos últimos 2 km (especialmente após a subida do Instituto de Química, no km 17)

Corrida
Não se preocupe com a sensação de estar “quebrado”. O vento e os desníveis da corrida nos dão a impressão de que faltará perna na parte final da prova (que conta com duas pequenas subidas). Saia de forma progressiva e após o primeiro retorno (km 1) encaixe seu ritmo e faça o máximo de força que conseguir! Tome cuidado com a reta antes das subidas (km 3,5). Ela também acontece em desnível e nos dá a impressão de estarmos lentos!

Lembre-se de que acima de tudo estamos todos lá para uma festa do Triathlon Nacional! Boa prova e até domingo. Estarei torcendo por todos!