Estique-se

Atualizado em 03 de maio de 2007
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Por Christian Baines

Tratar do tema Alongamentos ainda é um pouco complicado. Mesmo que existam muitos estudos a respeito, poucas conclusões estão isentas de contestação. Por exemplo, hoje a antiga idéia de esticar os músculos até sentir “queimar” está obsoleta. E a única certeza é: tratando o alongamento com seriedade, é possível evitar algumas lesões.

O primeiro passo é não deixar de fazê-lo após o exercício físico. “O alongamento estica a musculatura – que se contrai durante a prática esportiva – e ajuda os músculos a retomarem seu comprimento normal. É extremamente importante. Deixa a musculatura mais leve”, alerta Kim Cordeiro, diretor da BKsports Assessoria Esportiva, triatleta e especialista em ciclismo.

Outra dica está relacionada à intensidade dos alongamentos. Tanto antes quanto depois da prática, não se deve forçar demais os músculos. “Não precisa sentir os músculos ‘queimando’. Apenas verifique se a musculatura está se estendendo”, conta Cordeiro. “O alongamento tem que ser leve. A finalidade principal é relaxar os músculos. Se for muito pesado, pode desgastar ainda mais a musculatura”, completa Renato Dutra, pós-graduado em Treinamento pela Unifesp.

Pré-treino
Antes de iniciar o treino, mais importante que alongar é realizar um aquecimento. “Nunca se deve fazer o alongamento com o corpo frio”, confirma Dutra. Portanto, dê algumas pedaladas de leve ou faça uma breve corrida, mas não se alongue com o corpo frio.

Dicas práticas
Por fim, é importante conhecer algumas dicas de como realizar determinado alongamento ou de qual músculo não se pode esquecer na hora de alongar. Frescuras como não gostar de alongar o glúteo são bastante arriscadas, pois esse é um dos músculos mais exigidos pelos ciclistas. “Muitos atletas acabam se preocupando demais com o quadríceps e esquecem do glúteo. Tem que ficar atento a isso”, lembra Cordeiro. Além do glúteo e do quadríceps, é fundamental alongar a parte interna da coxa, a panturrilha e os músculos da região do quadril.

Existe também o problema de como se alongar. Um movimento dos mais simples, às vezes, pode se tornar complicado e lesionar o atleta. Ao alongar a coxa (naquela tradicional posição de pé com a perna flexionada) muitos atletas cometem erros e podem se prejudicar. “Nessa posição, o ciclista não deve deixar o calcanhar encostar-se ao quadril. Deve deixá-lo a cerca de 10 centímetros do corpo e, para forçar o músculo, puxa-se o fêmur e não o pé.”