Esporão calcâneo

Atualizado em 16 de outubro de 2019

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por Zé Augusto de Aguiar | Infográfico Erika Onodera[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”14926464916″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full” el_class=”img-porquedoi”][vc_column_text]Sabe aquela sensação de que um prego entrou pela parte de baixo de seu pé, na primeira pisada ao levantar da cama ou quando passa algum tempo sentado? É o esporão calcâneo, uma saliência óssea no calcanhar provocada por uma sobrecarga no local, muito comum em corredores. Também chamado de “bico de papagaio” no calcanhar, ele começa como uma pequena pontada, mas com o tempo se torna um grande incômodo. Em alguns casos pode persistir o dia todo, especialmente se estiver associado à fascite plantar, como é chamado o processo inflamatório crônico da planta do pé. Já no caso de esporão calcâneo isolado, existem casos em que o atleta nem chega a sentir dor.

Como surge
De acordo com o ortopedista Mauro Dinato, uma das principais causas dessa lesão no calcâneo, no caso de corredores, é o excesso de impacto. O sobrepeso do atleta e uma pisada pronadora severa também podem lesionar a fáscia e causar o esporão calcâneo. “Durante a fase de apoio na corrida há uma pronação (movimento para dentro) do calcanhar e alongamento da fáscia plantar. À medida que o pé começa a tomar impulso para entrar na fase de balanço, o calcanhar supina (move-se para a lateral ou para fora) e ocorre uma contração da fáscia plantar”, explica.

Pés com arcos acentuados também favorecem esta lesão do calcâneo: “No pé cavo, a curvatura é maior e a fáscia plantar fica mais tensionada. Isso aumenta as chances de inflamação com o esforço”, afirma o ortopedista Agnaldo de Oliveira Jr.

O tratamento do calcâneo pode durar até seis meses, nos casos mais graves, e a cirurgia é indicada somente quando o tratamento conservador não traz os resultados esperados. A única boa notícia é que o atleta com esporão calcâneo não precisa aguentar o castigo em repouso total. Sim, correr fica proibido na recuperação, mas pode-se substituir a corrida por atividades sem impacto, como a natação e o ciclismo.[/vc_column_text][vc_tabs interval=”0″ el_class=”porquedoi”][vc_tab title=”Causa” tab_id=”1413811986-1-48633f-3bb6″][vc_column_text]• Sobrecarga nos pés causada pelo excesso de peso ou atividade física repetida e de alto impacto
• Falta de flexibilidade e sedentarismo
• Pisada extremamente pronadora ou supinadora[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Sintomas” tab_id=”1413811986-2-38633f-3bb6″][vc_column_text]• Dor localizada bem na planta do pé, na parte abaixo do calcanhar, em geral na região mais interna
• Forte incômodo ao tocar o solo nas primeiras pisadas, logo ao acordar, após longos períodos em pé ou ao se levantar depois de muito tempo sentado
• Dor durante ou após os exercícios[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Tratamento” tab_id=”1413812182746-2-2633f-3bb6″][vc_column_text]• Controle da dor e da inflamação com a aplicação de gelo, antiinflamatório e relaxante muscular
• Avaliação do tipo de pisada
• Fazer um reequilíbrio de todas as musculaturas envolvidas na corrida (do core/abdome à musculatura intrínseca/profunda do pé)
• Fazer análise cinemática, como é chamado o estudo dos movimentos do corpo durante a corrida
• Fazer uma podobarometria, exame que avalia e identifica a distribuição das áreas de pressão nos pés durante a corrida[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Prevenção” tab_id=”1413812258134-3-9633f-3bb6″][vc_column_text]• Realizar um bom aquecimento no início dos treinos
• Alongar a fáscia plantar e toda a musculatura exigida pela corrida
• Usar tênis ou palmilha adequados para o seu tipo de pisada
• Fazer treinamentos educativos para aumentar a capacidade da musculatura em dissipar a energia do impacto de cada pisada
• Evitar correr com excesso de peso[/vc_column_text][/vc_tab][/vc_tabs][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_accordion collapsible=”yes” active_tab=”false” el_class=”porquedoi”][vc_accordion_tab title=”RETORNO ÀS CORRIDAS”][vc_column_text]• Quando o atleta já não sente desconforto para andar ou na palpação da região lesionada
• A ressonância magnética ajuda no diagnóstico, mas não existe um exame preciso para se detectar a cura
• Nos primeiros treinos, usar bandagens, aplicadas por profissionais especializados ou fisioterapeutas[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text](Fontes: Dr. Agnaldo de Oliveira Jr. – Médico ortopedista formado pela Faculdade de Medicina do ABC, com mestrado na Faculdade de Medicina da USP. Trabalha no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, no Hospital das Clínicas da FMUSP e na sua própria clínica. Dr. Mauro Dinato – Médico ortopedista, especialista em cirurgia do pé e do tornozelo pelo Hospital das Clínicas da FMUSP e membro da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé e do Tornozelo. Hélio Nichioka – Fisioterapeuta formado na UNIABC, com mestrado em ciências da saúde pela Faculdade de Medicina do ABC. É coordenador técnico do Departamento de Reabilitação e gestor de fisioterapia do Instituto Vita)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]