Especialistas comandam workshop para mulheres

Atualizado em 03 de março de 2009
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Fausto Fagioli Fonseca

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Nike promoveu nesta manhã de terça-feira, dia 3 de março, um workshop que abordou assuntos sobre o universo feminino, comandado pelos especialistas Paulo Zogaib, professor do centro médico e atividade física e do esporte da Unifesp-EPM, Ricardo D’Angelo, técnico do medalhista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima, e por Cristina Carvalho, diretora esportiva do Projeto Mulher.

Os temas principais tratados no bate-papo direcionado ao público feminino foram sobre biomecânica e fisiologia, estética, performance e a importância de usar um produto adequado para a corrida para prevenir desconfortos e lesões.

O treinador D’Angelo afirmou que a corredora deve dar atenção ao controle da passada, para prevenir lesões, e ainda abordou um tema que gera bastante dúvida nas mulheres. Como relacionar a corrida com o ciclo menstrual. “Cada atleta responde de uma forma à TPM, desta forma, é importante que a corredora conheça seu corpo e saiba como ele reage em cada período”.

Cristina Carvalho acredita que a mulher que é atleta não terá sua performance prejudicada por causa da menstruação. “A mulher é mais tolerante, e as oscilações hormonais a deixa mais forte neste sentido. O homem é mais sensível, com dor uma de cabeça já não vai treinar. É difícil uma mulher interromper o treino por causa de um resfriado”.

Outro tema bastante comentado na conversa foi sobre a vaidade da mulher e sua relação com a prática do esporte. “A mulher corredora é muito vaidosa. Estão sempre preocupadas com o que vão usar para a corrida, já que desde pequenas são induzidas a isso”, disse a treinadora, que completou. “Apenas 10% das mulheres que correm escolhem os produtos visando a alta performance, já as outras 90% vão a procura de detalhes, de acessórios que representem energia, liberdade”.

Sobre o motivo de as mulheres começarem a correr, Paulo Zogaib afirma: “O primeiro estímulo para começar a correr é estético, por mais que a atividade física traga saúde. Apenas com o passar do tempo, quando a melhora física começa a aparecer, é que a pessoa se prende ao esporte”.

“Hoje a saúde está entrando na consciência das pessoas, há uma preocupação com a qualidade de vida”, completou Cristiana.

Ainda no tema melhora física, Zogaib também falou sobre a evolução gerada pela experiência. “O aprendizado da técnica de corrida gera aumento de esforço e isso se torna um círculo virtuoso, pois o atleta começa a progredir nas ruas”.

Os novos modelos de tênis apresentados no workshop também foram motivo de atenção dos especialistas. “O tênis é uma delicadeza e ajuda a melhorar o movimento. Mas a corrida não deve ser impedida na falta deste calçado, ele apenas ajuda no desempenho”.