Entorse de tornozelo: entenda e previna-se

Atualizado em 09 de outubro de 2019
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A torção do tornozelo é uma das lesões mais comuns – e chatas – entre os corredores. Buracos, pedras, desníveis, entre outros, fazem com que os ossos que compõe essa articulação (tíbia, fíbula, tálus e calcâneo) sejam submetidos a um movimento fora do normal. Eles tendem a sair do lugar, porém, são segurados pelos ligamentos – que, dependendo da carga, podem até romper.

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Ou seja, nesses casos, a dor é sentida nos ligamentos. São três que compõe o tornozelo: fíbulo talar anterior, fíbulo calcâneano anterior e fibulo calcâneano posterior.

As torções são divididas em três níveis de gravidade:

Nível 1: é quando ocorre a entorse e o corredor continua a atividade sem problemas, apenas com um pequeno incômodo. O ligamento sofre uma distensão leve e pode ficar inchado de três a cinco dias – mas não haverá hematomas.

Nível 2: nesse caso, assim que o atleta torce o tornozelo, um barulho é escutado e, em menos de 24 horas, aparece um hematoma. Dois ligamentos são atingidos: fíbulo talar anterior e fíbulo calcâneano anterior. Há a necessidade de imobilização do local de uma a duas semanas – varia de acordo com a melhora do paciente.

Nível 3: é bem parecido com o nível 2, porém, os três ligamentos são machucados. Para diferenciar, é necessário o exame de um ortopedista – com raio-x. Além de ser a mais grave, é a menos comum de ocorrer. Requer cirurgia e acompanhamento médico mais prolongado.

Como prevenir
Duas técnicas são as mais utilizadas para fortalecer e evitar que as torções aconteçam: a propriocepção e a pliometria. A combinação desses exercícios pode reduzir em, até, 80% as chances de entorse no tornozelo. Além disso, a atenção durante a corrida é fundamental para evitar pisar em locais onde o pé pode virar.

(Fonte: Dr. Fabiano Cunha, ortopedista do Instituto do Atleta, o INA, em São Paulo)