Distensão da panturrilha

Atualizado em 31 de março de 2020

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por Ricardo Bassani | Infográfico Erika Onodera[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]Distensão

Bastante comuns em velocistas, a distensão geralmente é causada por um grande esforço, que leva à ruptura de fibras musculares. Você sente uma dor súbita, acompanhada de um estalido e, no instante seguinte, não consegue dar outro passo. Se essa dor e estalido acontecerem na “batata da perna”, pode apostar: é uma distensão. A sensação da distensão é que alguma coisa atingiu sua perna por trás – daí o nome “síndrome da pedrada”.

Mais comuns nos treinos de tiro, a distensão da panturrilha é uma lesão indireta (traumática), que ocorre tanto na aceleração quanto na frenagem, e exige um longo tempo de recuperação. Os grupos musculares mais atingidos pela distensão são os isquiotibiais (coxa) e os gastrocnêmios (ou gêmeos). Esses grupos atravessam duas articulações (biarticulares) e possuem mais fibras do tipo II (contração rápida, alta potência e breve fadiga) do que do tipo I (de contração lenta e resistentes à fadiga).

No grupo da panturrilha (tríceps sural), os músculos envolvidos na distensão são os gastrocnêmios (cabeças medial e lateral), que ficam na região posterior da perna, abaixo dos joelhos, e recobrem outro músculo, chamado sóleo.

Juntos, esses músculos atuam como flexores plantares dos pés (ou seja, fletem o pé para baixo), responsáveis pelos movimentos combinados de flexão e frenagem da extensão do tornozelo, mais um pequeno auxílio na flexão do joelho. O gastrocnêmio também age como flexor dos joelhos quando a perna não estiver suportando o peso. É inervado pelo nervo tibial.

A lesão da distensão ocorre predominantemente na fase excêntrica da contração muscular. O ponto mais comum é justamente a porção medial do gastrocnêmio (na junção musculotendínea), por causa de sua maior capacidade de força em todo o conjunto e pela ativação neural mais rápida. Treinamento incorreto, fadiga muscular, deficiência de flexibilidade, desequilíbrio de forças musculares, problemas nutricionais ou hormonais e a presença de infecções também contribuem para a ocorrência de distensões.

A principal mudança causada por lesões anteriores é na biomecânica do movimento, principalmente pela presença de tecido fibroso no lugar das fibras musculares originais, o que provoca maior rigidez, limitação de movimento e alteração da flexibilidade. E fique atento: músculos já curados podem encurtar de tamanho. Por isso, antes de correr, é necessário fazer aquecimento e alongamento, sempre.[/vc_column_text][vc_tabs interval=”0″ el_class=”porquedoi”][vc_tab title=”Causa” tab_id=”1413811986-1-48244c-1015″][vc_column_text]• Esforço excessivo, principalmente na explosão
• Exagero no aumento de volume semanal dos treinos
• Aumento prematuro de treino de velocidade
• Deficiência de flexibilidade e desequilíbrio de forças entre músculos opostos[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Sintomas” tab_id=”1413811986-2-38244c-1015″][vc_column_text]• Dor súbita e intensa na “batata da perna”, acompanhada ou não por um estalido
• Dor e impotência funcional até para andar
• Inchaço, tensão e depressão visível ou palpável
• Hematoma em lesões de maior extensão e gravidade[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Tratamento” tab_id=”1413812182746-2-2244c-1015″][vc_column_text]• Interromper a atividade ao primeiro sinal de dor
• Aplicar gelo na região da panturrilha por vários dias seguidos, seguidos de anti-inflamatórios e analgésicos, se receitados
• Elevação e repouso da perna, com auxílio de muletas, se necessário[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Prevenção” tab_id=”1413812258134-3-9244c-1015″][vc_column_text]• Procurar um médico para imediato e correto diagnóstico do grau da lesão
• Alongar os músculos da panturrilha ao sinal de dores
• Fortalecer músculos da panturrilha, do tornozelo e posteriores da coxa
• Revezar superfície de corrida, com terra, grama e areia, além de asfalto e cimento[/vc_column_text][/vc_tab][/vc_tabs][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_accordion collapsible=”yes” active_tab=”false” el_class=”porquedoi”][vc_accordion_tab title=”RETORNO ÀS CORRIDAS”][vc_column_text]• Quando as dores sumirem por completo, ao se movimentar e apalpar o local
• Com o sumiço do inchaço, do calor e das dores ao massagear
• Somente com total amplitude e igualdade de movimentos entre as pernas[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text](Fontes: Dr. Cristiano Frota de Souza Laurino, médico ortopedista e mestre pela Unifesp, especialista em cirurgia do joelho e artroscopia, diretor científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (Sbrate), diretor médico da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e médico ortopedista do Clube de Atletismo BM&F/Bovespa)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]