Direto do Tour do Brasil: equipe da NZ sem dormir

Atualizado em 26 de agosto de 2009
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Os atletas da equipe neozelandesa NZ Team/Ciclo Ravena/Instituto P+A/ativo.com tem tido uma dificuldade extra na primeira participação do grupo no Tour do Brasil/Volta Ciclística de São Paulo, a privação do sono. Como chegaram às vésperas da prova, com um fuso horário de 13 horas de diferença, os atletas têm encontrado dificuldade para dormir e se ajustar ao ritmo da competição.

Entretanto, não podiam estar mais surpresos, positivamente, com a disputa brasileira. “É uma experiência diferente, eles estão conhecendo um país novo, aliás, um continente novo, e todos estão muito impressionados com o Brasil, o tamanho do Estado e a qualidade de uma estrada como a Rodovia dos Bandeirantes, o trabalho da polícia, enfim, todos estão adorando a experiência, apesar do cansaço muito grande”, conta o diretor Técnico e ex-ciclista brasileiro, José Carlos Oliveira Barbosa. O ciclista Karl Moore, campeão em Monza em 2001, até ontem só havia conseguido dormir algumas horas desde o início da disputa.  

Além das poucas horas de sono, o grupo ainda teve um problema de extravio de três bicicletas na chegada, que só conseguiram receber algumas horas antes do contra-relógio do último sábado, em São Paulo, na abertura do Tour do Brasil.

“Depois de uma viagem de 20 horas de avião, chegando apenas dois dias antes da prova, ainda tivemos esse problema com as bicicletas, mas mesmo assim conseguimos ficar entre os top 10 do contra-relógio”, destaca José Carlos.

Outra história bacana que Zeca, como é conhecido, conta é a união do time estabelecida desde o primeiro momento, mesmo para um grupo que nunca havia pedalado junto antes. “No contra-relógio do primeiro dia um dos ciclistas cansou muito e o grupo preferiu diminuir o ritmo para que ele pudesse terminar a prova, acharam melhor todos terminarem do que ter uma desistência logo no primeiro dia, podíamos ter ficado entre os três primeiros, mas essa atitude deu o tom de amizade e união para a equipe já no primeiro dia, foi muito legal isso. Outra coisa bem legal são as amizades que estamos fazendo, principalmente com as equipes estrangeiras, o time português tem sido muito bacana conosco, e eles também estão curtindo muito a prova”.

Outro “probleminha” da equipe foi um acidente na etapa de São Carlos, na qual o ciclista Joseph Chapmann “abriu” o joelho e teve que ser atendido pela equipe médica na própria estrada e está fora da competição. “O bom é que agora tenho um ajudante”, diz o bem-humorado Zeca. Outros dois ciclistas da equipe, Leonardo Pineda e Logan Mort, caíram na prova, mas tiveram apenas escoriações e continuam pedalando. O time está pedalando agora por Soctt Lyttle, campeão do GP Buxerolles, Copa da França, e o sétimo ciclista do ranking da França em 2008, e no momento o melhor da equipe no ranking do Tour do Brasil.  

“Falta de sono, extravio de bicicleta e acidentes…falando assim parece que só temos problemas, mas todos estão se divertindo muito, fazendo amizades e curtindo a prova, e aproveitando essa experiência diferente, que era exatamente nosso objetivo, passar por essa experiência bastante distinta para todos e voltar em 2010 com força total”, destacou Zeca.

 

Algumas fotos do time:

 

 

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