Decepções e recuperação

Atualizado em 20 de janeiro de 2009
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Por Fausto Fagioli Fonseca

A história de Fabiana Cristine da Silva começou cedo na São Silvestre. Com apenas 14 anos, ela participou da mais tradicional prova do país. E não fez feio. Chegou na 19ª colocação.

Hoje, com 30 anos e bem mais experiente, a atleta conseguiu no fim de 2008 sua melhor participação na corrida que para São Paulo. A segunda colocação, atrás apenas da etíope Yimer Wude Ayalew, veio após uma grande prova de recuperação, quando passou diversas atletas de alto nível, como Marily dos Santos.

Nesta conversa com o O2 por Minuto, Fabiana fala sobre a corrida, suas lesões e comenta também sobre sua recuperação e sobre o ano de 2008, um dos melhores de sua carreira.

O2 Por Minuto A segunda posição na São Silvestre foi o melhor momento em sua carreira?
Fabiana Cristine da Silva – Olha, já consegui grandes resultados durante minha carreira profissional. Sou hexacampeã brasileira, além de outras grandes vitórias. Mas um grande resultado na São Silvestre é importante demais pela exposição. A mídia dá mais atenção, o momento é muito bonito, foi um dos melhores sim.

O2 Por Minuto E como foi depois da prova? Teve tempo para descanso ou continuou treinando?
FCS – Depois da São Silvestre não tive muito tempo de descanso. Já comecei a preparação para a Corrida de Reis, que foi logo no começo do ano. Só agora vou tirar minhas férias. Vou para Recife, na casa da minha mãe, descansar um pouco e tirar umas duas semanas de férias.

O2 Por Minuto E depois das férias, qual será sua primeira prova? Como será sua preparação?
FCS – Daqui umas duas semanas volto a treinar, primeiro com trotes leves e, depois, vou aumentando o ritmo. Provavelmente a primeira prova que vou disputar será a do Circuito Caixa.

O2 Por Minuto Voltando à São Silvestre. Fale um pouco da prova. Você não começou tão bem, mas foi passando todo mundo a partir dos 5, 6 km…
FCS – Já tinha falado ao meu marido antes da corrida que minha estratégia seria de largar sem forçar tanto, e já sabia que as outras corredoras iriam largar mais forte. Aí, a partir dos 5 km, quando as outras começaram a cansar, me senti bem para forçar o ritmo e fui passando as que estavam mais na frente. No nono quilômetro já estava na quinta posição, quando encontrei a Marily. Antes de chegar no décimo já estava em segundo lugar.

O2 Por Minuto Então, se tivesse mais alguns quilômetros talvez desse para alcançar a líder, a etíope Yimer Wude Ayalew…?
FCS – Olha, vou ser bem sincera, o nível dela é muito alto, acho que não daria não. Mas nunca se sabe o que poderia acontecer, né? Gostei do meu final, foi bem forte, consegui manter um bom ritmo.

O2 Por Minuto Este ano de 2008 foi o melhor da sua carreira?

FCS – Posso dizer que foi sim. Consegui bons resultados durante o ano, diferentemente de 2007, quando deu tudo errado. Me lesionei, fiquei fora do Pan, foi um ano bem difícil. Mas esse ano foi maravilhoso.

O2 Por Minuto E sobre participar de um Pan-Americano, de uma Olimpíada, você ainda sonha com isso?
FCS – Com certeza, ainda sonho muito em participar dos dois. Todo atleta sonha com a Olimpíada. Quanto ao Pan, tenho muita vontade também. Já fiquei de fora de quatro edições por causa de lesão, e foi bem difícil pra mim, mas ainda quero disputar os dois.

O2 Por Minuto E suas metas para este ano de 2009?
FCS – Este ano pretendo seguir uma rotina bem parecida com 2008, quando deu tudo certo pra mim. Em 2007, quis seguir metas e deu tudo errado. Agora, pretendo seguir meu ritmo de treinamento, manter uma sequência e deixar que tudo ocorra naturalmente.