Corrida dos Bombeiros: manhã fria e movimentada

Atualizado em 01 de julho de 2007
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Percurso pesado, belo cenário e boa organização agitam bairro do Ipiranga na 12ª edição de uma das provas mais tradicionais de São Paulo

 

Por Fernanda Di Sciascio

Foto Viviane Pelissari

 

Foram cerca de 6 mil participantes na 12ª edição da Corrida Corpore Bombeiros 10 km, prova com data marcada nos calendários anuais de corrida, parte das comemorações do Dia do Bombeiro (celebrado dia 2 de julho). Com arena no Parque Independência, em frente ao Museu do Ipiranga, e exposição de carros de bombeiros nos arredores, a prova manteve sua média de público e sustenta que manhã fria e cerração não afastam corredores sintonizados e bem-dispostos.

 

O casal Roberto Firmino Júnior, 35 anos, e Andréa Barbosa Firmino, 36 anos, correm juntos há dois anos e buscam no esporte qualidade de vida. “Corremos sempre provas de rua e procuramos nos preparar para elas, treinando e nos alimentando melhor nas semanas anteriores”, destaca Andréa. Para Roberto, correr junto dá mais pique e é interessante notar a sintonia dos competidores nas provas. “É uma energia muito intensa. No começo as pessoas conversam, dão força umas às outras e depois cada um concentra-se em si”, conta ele.

 

O público da Corrida dos Bombeiros é bastante cativo. Muitos dos participantes já correram o trajeto em vários anos e gostam da prova por ela ser tradicional. Outro ponto exaltado é o belo cenário e o percurso, que apesar de duro, é exeqüível e propicia melhoras nos tempos.

 

Renato Fernandes de Barros, de 26 anos, começou a correr há três anos em busca de melhor forma física e condicionamento. Com o esporte, adquiriu também bem-estar e uma rotina de vida saudável. “Correr cansa, mas traz muito bem-estar”, diz Renato, que adora participar de provas de rua. “Acordar cedo no domingo é muito bom, porque meu dia rende e além de treinar aproveito o cenário e me sinto disposto. Gosto tanto que vim de Santos para participar dessa prova e nela diminui meu tempo por quilômetro”.

 

Para Antônio Muzuaki, 47 anos, o mais importante e manter-se em atividade. “Corro há 15 anos e sempre sinto uma emoção diferente na hora da largada. Corro porque gosto, porque me sinto vivo nas pistas, vendo a manhã, o pessoal, o movimento”, comenta.

 

Além do trajeto e da tradição, outro destaque da prova foi o kit, aclamado pela camiseta de manga comprida. A largada aconteceu às 8h e o pelotão de elite começou a chegar por volta de 8h30. Os vencedores da categoria geral feminina foram Jassiane Barroso (40min07s), Eliete Malta (40min31s) e Maria Margarida Gomes (40min41s). Jassiane, a primeira colocada, 19 anos, destacou: “Corro desde os 10 anos e essa prova é maravilhosa. Me senti muito bem em todo o percursos. Na categoria geral masculina, os primeiros lugares do pódio estiveram com Célio Falcão (30min18s), Marcelo José da Silva (30min35s) e Fernando Gomes Trindade (31min33s). E Célio, que disparou em todas as categorias, salienta: “O percurso é intenso, com subidas e descidas, mas ótimo para treinar”.

 

Na categoria feminina bombeiros, as vencedoras foram Maria Aparecida Vechio (46min30s), Viviane Sanches de Moura (48min02s) e Luciana Soares (49min46s). Maria Aparecida Vechio, a vencedora das bombeiras, comentou: “Ganhar a prova foi uma grande responsabilidade porque era a única mulher do meu grupamento. Foi ótimo”. E na categoria masculina bombeiros os vencedores foram Francisco de Assis Marcone (34min04s), Alexandre Justo de Almeida (34min06s) e Raimundo Evandro Martins (36min06s). Na visão de Francisco, que corre há 18 anos representando Rondônia: “Todo atleta tem uma história e a corrida é saúde. Para mim, é importante representar a região Norte”.