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Lavoisier fez do consumo de oxigênio (VO2) um dos seus objetos de estudo já no século XVIII. No entanto, após o recebimento do prêmio Nobel em Medicina em 1925, foi Hill que marcou o início da pesquisa sobre o tema, o que perdura até hoje. A partir disso, metodologias e equipamentos se tornaram mais populares permitiram muitas conclusões em relação ao exercício físico.
O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) diz respeito ao máximo volume de oxigênio que é captado (pulmões), transportado (coração e sistema circulatório) e empregado (músculos e órgãos vitais) para a realização de trabalho. O máximo consumo de oxigênio é dependente de muitos aspectos, por exemplo, o gênero, idade, nível de condicionamento, tipo de equipamento utilizado, tipo predominante de fibras, etc.
Para expressar seu valor duas maneiras são as mais utilizadas. Em uma delas, o consumo é expresso na forma que denominamos como absoluta, expressa em litros consumidos por minuto (l/min). A fim de possibilitar a comparação entre indivíduos, uma segunda forma é comumente empregada, onde o consumo é apresentado de maneira relativa a massa corporal, sendo expressa em mililitros por minuto por quilograma de massa corporal (ml/kg/min).
Ciclistas profissionais, junto com outros atletas de endurance como esquiadores cross-country e maratonistas, são os detentores dos maiores valores de consumo máximo de oxigênio observados (valores entre 80 – 90 ml/kg/min).
Para ciclistas, o grande diferencial atualmente é que nos testes para determinação do VO2máx é possível utilizar a própria bicicleta do atleta acoplada a ciclo simuladores. Em nosso laboratório para testar o atleta em sua própria bicicleta utilizamos um ciclo simulador Computrainer ProLab (Racermate Inc., EUA) que permite controlarmos o exercício pelo computador. Um teste de consumo máximo de oxigênio sempre deve reproduzir o que o atleta enfrenta no seu dia a dia, ou seja, ciclistas avaliados em ciclo simuladores ou ciclo ergômetros, corredores em esteiras.
Informações como o consumo de oxigênio também podem ser monitoradas durante exercícios submáximos. No ciclismo, a monitoração da potência permite, junto ao consumo de oxigênio, a determinação da economia de movimento, que tem sido utilizada como um marcador de desempenho. Como comentado em colunas anteriores, a economia de movimento reflete a razão entre o trabalho produzido e a energia consumida.
Embora no ciclismo o consumo máximo de oxigênio não seja um determinante do desempenho, valores mais altos frequentemente estão ligados a campeões. No Brasil a maioria dos laboratórios de fisiologia do exercício possui instrumentação adequada para sua determinação. Junto ao Laboratório de Pesquisa do Exercício da UFRGS o GEPEC disponibiliza a avaliação do consumo de oxigênio.
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