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Por Fernando Bittencourt
Já faz mais de um ano desde que foi anunciado que Alberto Contador (Saxo Bank), campeão do Tour de France 2010, sofre o risco de perder o título da penúltima edição da grande volta francesa por ter testado positivo pelo consumo de clembuterol, no entanto, o espanhol demonstra muita confiança quanto ao seu julgamento, que provavelmente ocorrerá no dia 22 de novembro.
A Agência Mundial Antidoping (Wada) afirmou que estaria disposta a suspender o ciclista por dois anos, enquanto a União Ciclística Internacional (UCI) se encarregaria de tomar o título das mãos do atleta, porém, Contador já planeja sua temporada de 2012 sem se preocupar muito com as possíveis adversidades.
“Estou muito confiante porque existem muitos exames e provas científicas me beneficiando e provando a veracidade de minhas declarações. Acredito que haverá um resultado favorável a mim quando toda essa confusão acabar”, disse Contador.
No mês de fevereiro, a Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) liberou o ciclista para competir, após aceitar o argumento de que a pequena quantidade de clembuterol detectada nas amostras de sangue do espanhol poderia ter entrado em seu organismo, durante o segundo dia de descanso do Tour de France, por meio do consumo de carne contaminada com a substância.
A UCI e a Wada adiaram o julgamento do atleta – que seria realizado em junho – para novembro, uma vez que houve uma discrepância de resultados entre alguns laboratórios (apenas um centro de análise de exames conseguiu detectar a pequena quantidade de clembuterol, por contar com máquinas muito sensíveis). As duas entidades ainda estudam a possibilidade de determinar uma quantidade limite para o consumo da substância, que não comprometeria a performance do atleta.
Embora a lista de substâncias proibidas para o ano de 2012 não tenha sido alterada, ou seja, continuando sem limites impostos para o consumo de qualquer substância proibida pelas entidades máximas do ciclismo, o tricampeão do Tour de France aposta em uma reformulação na legislação, após o desfecho de seu caso. Contador, que afirmou ter parado de comer carne, opina que a organização há de se reformular, para que seja mais objetiva em certos casos.
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