Murilo Fisher é um dos principais nomes do ciclismo nacional e acaba de conquistar o título de bicampeão brasileiro da modalidade. O ciclista também tem uma carreira internacional e participou recentemente da edição de 150 anos do Giro d’Italia, que terminou no dia 29 de maio na catedral Duomo, em Milão. 

O colunista de Ciclismo do ativo.com, Igor Lagüens*, conversou com Murilo Fisher sobre a prova italiana.

Qual a sensação de vestir a camisa com a bandeira do Brasil diante dos melhores do mundo? Você sentiu cobrança?
Murilo – Para mim é um orgulho usar a camisa de campeão brasileiro, é a primeira vez que se usa essa camisa nas principais competições mundiais, e isso automaticamente para mim que uso significa muita responsabilidade.

Como foi a ansiedade pré-Giro?
Murilo – O Giro, assim como todas as grandes competições por etapas, é muito delicado, é um grupo que durante um mês divide sofrimento, alegrias e decepções, o principal de nossa equipe no Giro foi a união entre todos, mecânicos, massagistas, diretores, atletas, enfim, uma atmosfera que acaba neutralizando vários problemas e assim o nosso trabalho vira uma boa diversão responsável.

Como foi a fase preparatória e a seleção da equipe para definir quem iria para o Giro e quem iria para o Tour, como funciona isto?
Murilo – A preparação e escolha dos atletas são sempre ligados às competições que antecedem os grandes objetivos e também visando o objetivo da equipe na competição.

Resuma sua semana e a rotina com os treinos.
Murilo – Procuro levar uma vida bem normal, treinos na parte da manhã, o tempo livre passo com minha família, e domingo é meu dia de descanso.

Como o Brasil é visto atualmente na questão esportiva?
Murilo – O ciclismo brasileiro nos últimos 10 anos cresceu e melhorou muito, apesar de estar ainda longe do que realmente é o ciclismo, acredito que com os Jogos Olímpicos esportes como o ciclismo serão beneficiados.

Vocês fazem Bike Fit?
Murilo – Geralmente no início do ano, quando chegam as bikes novas.