Bursite Trocantérica

Atualizado em 04 de dezembro de 2014

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por Ricardo Bassani | Infográfico Erika Onodera[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_gallery type=”image_grid” interval=”0″ images=”14926464877″ onclick=”link_no” custom_links_target=”_self” img_size=”full” el_class=”img-porquedoi”][vc_column_text]Segundo tipo de dor mais frequente na região do quadril (só perde para a osteoartrite), com incidência de um caso para cada dez corredores, a bursite trocantérica é a inflamação de uma saliência que fica sobre os músculos laterais do quadril, causada, sobretudo, por microtraumas repetitivos de contato. Essa fricção constante, gerada por excesso de treino, entre outros fatores, chega a degenerar os tendões de músculos e tecidos fibrosos que se inserem numa mesma área do fêmur, o grande trocânter. O conjunto de articulações do quadril junto a esse osso sustenta cada um de nossos passos ao caminhar e, mais ainda, as passadas durante a corrida — nesse caso, sofrendo impactos seis vezes maiores, o que torna a região da face lateral da coxa muito suscetível a lesões.

Somadas aos exageros, as exigências atléticas causam degeneração entre o quadril e um firme tendão que passa sobre o fêmur, inflamando uma ou mais bursas (bolsas com fluidos para amortecer o contato entre ossos, tendões e músculos) que cercam o trocânter maior do fêmur. Infladas, essas bursas engrossam e passam a secretar excesso de líquido, causando dor e inchaço local. Nos casos mais crônicos, cristais de cálcio se depositam na região, devido à alteração do pH local, levando à bursite trocantérica calcificada do quadril.

Quadril feminino
Além dos microtraumas, a principal causa da bursite trocantérica são os desvios posturais e as mudanças funcionais dos músculos do quadril. Essas mudanças alteram a angulação da coxa entre a bacia e o joelho, aumentando o chamado ângulo Q, formado pelo tendão do quadríceps da coxa e o ligamento patelar. As mulheres, especialmente depois dos 30 anos, por conta da  bacia mais larga, estão mais predispostas a sofrer esse desvio e, consequentemente, a desenvolver a bursite trocantérica, numa proporção de 4 por 1, comparada com os homens.

Ataque no início
As fortes dores da bursite trocantérica começam tímidas, piorando quando desprezadas, podendo tornar-se crônicas e evoluir para a chamada síndrome da dor miofascial, que causa fraqueza do quadril, levando à perda de mobilidade e a quedas. Portanto, ao primeiro sinal de dor, procure um médico.[/vc_column_text][vc_tabs interval=”0″ el_class=”porquedoi”][vc_tab title=”Causa” tab_id=”1413811986-1-48ddbc-489d”][vc_column_text]• Traumas na região do quadril, desequilíbrios musculares, obesidade e desalinhamento das pernas
• Fricção por esforço repetitivo
• Aumento abrupto da carga de treinamento de corrida
• Uso de tênis inadequado
• Falta de alongamento e erros posturais permanentes[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Sintomas” tab_id=”1413811986-2-38ddbc-489d”][vc_column_text]• Dores iniciais lentas, que podem passar a crônicas
• Dor no quadril ao levantar peso e subir escadas
• Estalidos ao movimentar-se
• Dor ao movimentar a perna em rotação
• Possíveis fisgadas no glúteo
• Dificuldade para andar sem mancar
• Incômodo ao deitar-se de lado[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Tratamento” tab_id=”1413812182746-2-2ddbc-489d”][vc_column_text]• Aplicar gelo sobre o local, evitar escadas, não dormir sobre o lado afetado
• Procurar um especialista aos primeiros sinais da dor
• Interromper de imediato as atividades físicas
• Usar muletas ou bengalas, para poupar esforço
• Fortalecer a região com exercícios de musculação
• Fazer terapia por sinais pulsáteis (PST)
• Tomar anti-inflamatório, sob orientação médica[/vc_column_text][/vc_tab][vc_tab title=”Prevenção” tab_id=”1413812258134-3-9ddbc-489d”][vc_column_text]• Fazer alongamento para extensão dos ligamentos que friccionam as bursas
• Fortalecimento da musculatura do quadril e da coxa
• Usar tênis adequados
• Respeitar os períodos de descanso[/vc_column_text][/vc_tab][/vc_tabs][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/2″][vc_accordion collapsible=”yes” active_tab=”false” el_class=”porquedoi”][vc_accordion_tab title=”RETORNO ÀS CORRIDAS”][vc_column_text]• De seis a oito semanas, em média
• Quando conseguir apalpar a região sem sentir dores
• Restauradas a flexibilidade, a força e a mobilidade
• Quando não mais sentir dor ao correr em linha reta ou ao executar manobras bruscas[/vc_column_text][/vc_accordion_tab][/vc_accordion][/vc_column][vc_column width=”1/2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text](Fontes: Dr. Lafayette Lage é ortopedista pela Escola Paulista de Medicina, com especialização em cirurgia do quadril, além de mestre em ortopedia pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia da FMUSP e diretor da Clínica Lage, em São Paulo)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]