Por Tadeu Matsunaga

Tom Boonen (Quick Step) está preparado para a Paris-Roubaix, que acontece no próximo domingo. Após ver frustradas as chances de vitória no Tour de Flandres – onde terminou na quarta posição -, o ciclista belga volta suas atenções para disputar a vitória no “Inferno do Norte.”

Boonen também falou sobre a tática utilizada pela equipe em Flandres, onde seu companheiro Sylvain Chavanel terminou em segundo. Tricampeão da Paris-Roubaix, ele espera mais uma oportunidade de conquistar o título, além de duelar com Fabian Cancellara (Leopard Trek).

“ Você sabe que não tenho medo de Cancellara”, disse ao L´Equipe. “Nunca o ví como uma máquina. Ele é como nós e tem suas fraquezas. Quando ele atacou em Flandres, em momento algum pensei que a prova tinha acabado. Conheço ele há 15 anos, sei dos seus limites.”

Ainda sobre Flandres, a Quick Step foi muito questionada pela tática adotada, mas Boonen preferiu chamar para si a responsabilidade pelo ataque nos quilômetros finais da prova.

“Haviam ciclistas perigosos no grupo, como Van Avermaet e Boom, que estavam ganhando tempo sobre Sylvain. Eu não poderia ficar acomodado e vê-los fazer isso. Se tivesse sido neutralizado pelo pelotão, também haveriam críticas. Não cometi erro algum, eu apenas fiz meu trabalho”

Tom Boonen tem em mãos a chance de reverter as críticas em Roubaix, onde pode fazer história. “Sempre disse que a Paris-Roubaix me motivou muito mais este ano em relação a Flandres. Posso me igualar a Roger De Vlaeminck”, lembrou o belga, que venceu em 2005,2008 e 2009.