Beltrán alega inocência

Atualizado em 27 de novembro de 2008
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Por Cesar Candido dos Santos

O espanhol Manuel Beltrán, suspenso por dois anos pela Agência Francesa Antidoping (AFLD) pelo uso de EPO durante a última edição do Tour de France, insiste em alegar inocência, e declarou que não é de hoje que sofre uma perseguição da entidade.

“O presidente [da AFLD], Pierre Bordry, me persegue desde 1999. Finalmente ele conseguiu o que queria. Não usei doping na França, mas eles me trataram como um criminoso. Mandaram a polícia me buscar no hotel quando deixei a prova”, disse o atleta.

Beltrán era um dos companheiros do brasileiro Murilo Fischer na volta francesa, e todos os integrantes da Liquigas ficaram surpresos e chocados com o teste positivo para EPO do espanhol, que era o ciclista mais experiente do time e estava na competição justamente para ajudar os mais novos.

“Todos conhecem minha trajetória em quatorze anos como profissional. Sempre trabalhei para os capitães das equipes que defendi. Não mereço este tratamento. A única coisa que quero é que me deixem em paz”, pediu.

Apesar da suspensão aplicada pela AFLD só valer no território francês, a entidade é uma das que firmaram parte no Código Mundial Antidoping, por isso, sua decisão deve ser respeitada pelas outras associações e Beltrán dificilmente participará de uma competição profissional nos próximos dois anos.