Basso sob risco

Atualizado em 20 de abril de 2007
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Por Christian Baines

A probabilidade do Tour de France ficar mais um ano sem os atletas supostamente envolvidos na “Operação Puerto” aumentou depois das declarações de Christian Prudhomme, diretor da prova, afirmando que pedirá às equipes para não incluírem seus atletas sob suspeita.

Em entrevista ao jornal francês “L´Equipe”, Prudhomme mostrou-se firme na sua decisão. Embora o caso tenha sido arquivado pela justiça espanhola, ele acredita que ainda não foram revelados todos os segredos. “O ciclismo não pode permitir que atletas citados no caso participem do Tour sem que todas suspeitas sejam investigadas”, disse Prudhomme.

O dirigente deve se reunir com os diretores das esquadras na próxima semana para pedir uma “resposta coletiva”, semelhante à tomada na véspera do Tour do ano passado.

Deflagrada em maio do ano passado, a “Operação Puerto” acabou impedindo ciclistas como Jan Ullrich, Ivan Basso e Alexander Vinokourov de participarem do Tour. Mesmo tomada essa drástica medida, porém, a competição ficou manchada com o “Caso Landis”.

O norte-americano Floyd Landis nunca esteve relacionado à “Operação Puerto”, venceu o Tour de France de 2006, mas mais tarde foi flagrado no exame anti-doping com índices elevados de testosterona

Prudhomme quer evitar justamente possíveis escândalos como o de Floyd Landis. “O Tour foi manchado no ano passado e isso não acontecerá novamente”, declarou.

Nas páginas do mesmo jornal em que foram publicadas as declarações do dirigente, alguns diretores de equipes apóiam a decisão de barrar os atletas. É o caso dos seguintes diretores: Éric Boyer, da Cofidis; Jean-René Bernadeau, da Bouygues; Vincent Lavenu, da Ag2r; Marc Biver, da Astana; Hans-Michael Holczer, da Gerolsteiner; Marc Madiot, da Française des Jeux e de Luuc Eisenga, da T-Mobile.