Avancini critica nível técnico da pista do Pan

Atualizado em 21 de fevereiro de 2014
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Atual campeão brasileiro de MTB XCO, Henrique Avancini foi até Barbacena (MG) conhecer o circuito do próximo Campeonato Panamericano, que ocorrerá na cidade mineira entre os dias 26 e 30 do próximo mês. E segundo a avaliação do ciclista, o percurso da prova é muito baixo quando comparado a outros do circuito internacional.

"O nível técnico da pista é muito baixo. As sessões estão mal trabalhadas (especialmente os rock gardens). O circuito não tem boa fluidez e principalmente boa conexão entre trechos de descidas e subidas. E as descidas estão sendo muito mal aproveitadas, não propiciando a manutenção da velocidade e o uso da boa pilotagem e técnica. O circuito como está hoje, nivela por baixo e não é uma pista que possa ser avaliada como um circuito de nível internacional", escreveu o brasileiro em uma Rede Social.

Em contato com o Prólogo, Avancini já havia demonstrado preocupação quanto ao nível da pista, já que está focado totalmente focado no próximo ciclo olímpico.

"Procuro me preparar e me desenvolver para o XC Olímpico de verdade. Não temos nenhuma competição no Brasil disputada em circuito de nível olímpico, portanto não há referências para construção de um. De qualquer maneira, fisicamente acredito que estarei muito bem", declarou o atual 18º do ranking mundial.

Apesar da preocupação quanto ao nível do percurso, o brasileiro elogiou as demais instalações que os ciclistas americanos encontrarão em Barbacena.

"O local onde será montada a arena da prova, comporta o evento com folga e tem uma estrutura legal. Pelo que vi e conheço dos envolvidos na organização, será um evento muito bem feito. A “bacia” do circuito e vegetação (quase sempre baixa) vai dar uma oportunidade incrível para o público. Competi em poucos circuitos, no Brasil e no mundo que tinham uma visibilidade tão boa", escreveu Avancini que completou.

"A topografia e distribuição das sessões são perfeitas! A largada é boa, tem uma subida mais longa, um trecho semi-plano em uma mata, uma descida mais longa e uma série de subidas e descidas mais curtas, e depois uma boa área de chegada. A zona de apoio mecânico e alimentação também é a ideal. Bem localizada e bem dividida, já que é uma área de apoio duplo", finalizou o brasileiro, que se colocou a disposição para ajudar na organização da prova.

"Dei muitas sugestões e explicações hoje, como atleta de elite e engenheiro de pista, função que presto serviços há algum tempo, mas que deixei de lado por falta de tempo. Posso dizer que eles estão com "a faca e o queijo na mão", com um local perfeito para realizar um bom trabalho. Como atleta, eu acredito que o circuito é o maior legado que uma prova de MTB pode deixar. O circuito é o que determina se as disputas serão boas e se o público vai vibrar ou não com a prova. Vamos ver qual será a competência dos envolvidos e se este será um Campeonato Continental com um circuito épico ou pífio. Independente de pedalar em um circuito dos sonhos ou em uma vergonha, eu estarei com a cabeça e as pernas prontas".