Aulas de spinning inusitadas

Atualizado em 21 de junho de 2007
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Por Juliana Saporito

Para muitas pessoas, pedalar é uma paixão. Pegar a bike e sair num domingo ensolarado para dar uma volta tranqüila pode ser um ótimo programa e ainda ajuda a manter a boa forma. Outras pessoas vão mais além: participam de competições e preenchem parte da vida com a magia do ciclismo.

O spinning é a vertente desse esporte que faz mais sucesso nas academias. Conhecidas pelo dinamismo, as aulas são sempre realizadas em grupo, com músicas previamente definidas de acordo com o planejamento de cada instrutor e têm como objetivo a superação de limites e de desafios, aliados ao alto poder de condicionamento físico e de queima calórica.

De olho no mundo lá fora
Apesar de tantas vantagens, uma contra-partida continuava a afastar algumas pessoas da modalidade: o fato de ser realizada em salas fechadas, sem qualquer contato com o ambiente externo. Ma não há mais desculpas para deixar de pedalar: já é possível praticar spinning sem perder a chance de observar paisagens, sentir a temperatura ambiente e curtir de perto a movimentação das grandes cidades.

Essa é a proposta do Bus Bike: proporcionar uma aula em movimento, dentro de um ônibus com visão panorâmica, muita música e, de quebra, as belas paisagens do Rio de Janeiro. O projeto, patenteado pela empresa de mesmo nome, foi criado há quatro anos e já é um sucesso.

De acordo com o idealizador do programa, Marcos Alves, a idéia surgiu para aproximar o aluno de uma prática esportiva em um ambiente “real”: “Comecei a querer trazer os estímulos da rua pra dentro de uma sala de academia, e cheguei à conclusão de que para realmente ser um estímulo, ele precisaria ser real, ou seja, a sala da academia é que precisava estar em movimento pelas ruas.

Acredito que nosso sucesso seja devido ao fato de juntarmos o que tem de bom da atividade de rua com as qualidades da atividade indoor”, explica Marcos. O ônibus é equipado com climatização, banheiros, armários, freezer, som e iluminação completos, além de abrigar 15 bicicletas estacionárias. Circula pela cidade enquanto a aula – sempre sob coordenação de um professor – acontece.

Até debaixo d´água
Outra alternativa diferente e que se espalha pelo País é a hibrobike ou hidrospinning – a denominação pode variar – já presente nas maiores capitais brasileiras. As aulas são realizadas em bicicletas especiais, criadas exclusivamente para ambientes aquáticos, e têm o mesmo ritmo dinâmico e animado das sessões tradicionais.

Anna Maria Negraes, de 30 anos, pratica a hidrobike há um ano, duas vezes por semana e acredita ter alcançado excelentes resultados: “Descobri nessa aula uma modalidade que adoro. Sempre gostei de pedalar, mas na água sinto muito mais leveza e pouquíssimo impacto. Tenho a sensação de que posso dobrar o tempo do spinning sem me cansar”, conta.

Indicada por fisioterapeutas e médicos, a atividade beneficia principalmente as gestantes, os obesos e as pessoas com lesões ósseas ou musculares, já que diminui o risco de fraturas, por contar com um menor grau de impacto e atrito.

Pedalar pelos ares
Em São Paulo, as aulas de bike ganharam uma versão ainda mais curiosa em junho do ano passado: passaram a acontecer no heliponto da luxuosa loja de grifes Daslu, um dos centros de compras mais sofisticados do Brasil. A idéia veio de carona com as aulas que já aconteciam no topo do prédio vizinho, que abriga a academia Reebok, e fizeram tanto sucesso que também ganharam o espaço no heliporto da superloja. Antes restritas aos alunos da Reebok, passaram a ser abertas aos clientes da Daslu e aos alunos de outras academias.

As aulas de spinning acontecem sempre em prol da promoção de um evento, como o Cycle at Daslu, promovido pelo lançamento da D-Sport, grife esportiva da marca, ou campanhas de incentivo à prática de esportes.

Com tanto entusiasmo, não é de se estranhar que a prática do ciclismo venha ganhando variações, novas propostas e cada vez mais adeptos. Escolha a modalidade que mais combina com você, aproveite- a ao máximo e sempre atente para os exageros, evitando o risco de contusões.