<font face= Pesquisadores têm investigado o que realmente constitui uma cadência de pedalada adequada (MARSH & MARTIN, 1992; BURKE, 1996; MARSH & MARTIN, 1997; NEPTUNE et al., 1997; MARSH et al., 2000). Segundo BURKE (1996), inúmeros métodos têm sido utilizados para a aquisição de fatores que contribuem para otimização da cadência no ciclismo. Entre os principais estão as mensurações do consumo de oxigênio (VO2), da freqüência cardíaca (FC) e das forças exercidas por músculos e articulações.

Na literatura, algumas cadências estão referenciadas como ótimas; no entanto, o fator de diferença na escolha entre uma ou outra, é o quanto realmente representa esta otimização. Estudos utilizaram a mensuração do VO2máx, a FC, bem como fatores neuromusculares, na determinação de uma cadência ótima, e observaram valores menores de VO2 quando a freqüência da pedalada diminui e se mantém em cadências mais baixas (de 50 a 70 rpm) (GUELI & SHEPHARD, 1976; MARSH & MARTIN, 1992; BURKE, 1996; MARSH & MARTIN, 1997).

Por outro lado, tanto técnicos, quanto ciclistas experientes, freqüentemente, recomendam a novos ciclistas pedalarem em uma cadência de, no mínimo, 90 rpm e, às vezes, até mais altas (BURKE, 1996), mesmo estas cadências não apresentando maior economia de movimento (EC) que pode ser definida como a relação entre o trabalho realizado e a energia despendida para a realização do mesmo (GOTSHALL et al., 1996; CANDOTTI, 2003).

Uma das razões que explicam a preferência dos ciclistas por cadências mais altas, é que, na utilização de uma relação (marchas) mais alta com uma freqüência de pedalada baixa, as articulações do joelho e os músculos da coxa sofrem sobrecargas muito altas, podendo ocasionar lesões (REDFIELD & HULL, 1986; BURKE, 1996).

A escolha de uma cadência de pedalada mais alta pode causar menor EC, uma vez que o VO2 aumenta linearmente com o aumento da cadência da pedalada (TAKAISHI et al., 1998; CANDOTTI, 2003). Esta diminuição na EC está associada ao aumento da atividade muscular durante a pedalada e pode resultar na perda da qualidade da técnica devido à fadiga (PASSFIELD & DOUST, 2000).

A literatura mostra que o ensino do ciclismo, ou mais precisamente o ensino da técnica da pedalada é realizado com cadências de pedalada mais baixas (como 60, 75 ou 80 rpm). No entanto, esta opção parece estar relacionada com a aprendizagem motora da técnica da pedalada e não com a EC (SANDERSON & CAVANAGH, 1990; BROKER et al., 1993; HENKE, 1998; HOLDERBAUM, 2005 e 2006). A utilização de cadências mais baixas diminui a demanda energética, o que pode evitar a fadiga muscular e favorecer o controle da pedalada.

De acordo com NEPTUNE & HULL (1999), na medida em que o conhecimento da técnica da pedalada for aumentado com uma quantidade de informações relevantes, por meio de estudos científicos, os ciclistas poderão aumentar sua performance bem como sua economia de movimento.
"/>Foto:  Pesquisadores têm investigado o que realmente constitui uma cadência de pedalada adequada (MARSH & MARTIN, 1992; BURKE, 1996; MARSH & MARTIN, 1997; NEPTUNE et al., 1997; MARSH et al., 2000). Segundo BURKE (1996), inúmeros métodos têm sido utilizados para a aquisição de fatores que contribuem para otimização da cadência no ciclismo. Entre os principais estão as mensurações do consumo de oxigênio (VO2), da freqüência cardíaca (FC) e das forças exercidas por músculos e articulações.

Na literatura, algumas cadências estão referenciadas como ótimas; no entanto, o fator de diferença na escolha entre uma ou outra, é o quanto realmente representa esta otimização. Estudos utilizaram a mensuração do VO2máx, a FC, bem como fatores neuromusculares, na determinação de uma cadência ótima, e observaram valores menores de VO2 quando a freqüência da pedalada diminui e se mantém em cadências mais baixas (de 50 a 70 rpm) (GUELI & SHEPHARD, 1976; MARSH & MARTIN, 1992; BURKE, 1996; MARSH & MARTIN, 1997).

Por outro lado, tanto técnicos, quanto ciclistas experientes, freqüentemente, recomendam a novos ciclistas pedalarem em uma cadência de, no mínimo, 90 rpm e, às vezes, até mais altas (BURKE, 1996), mesmo estas cadências não apresentando maior economia de movimento (EC) que pode ser definida como a relação entre o trabalho realizado e a energia despendida para a realização do mesmo (GOTSHALL et al., 1996; CANDOTTI, 2003).

Uma das razões que explicam a preferência dos ciclistas por cadências mais altas, é que, na utilização de uma relação (marchas) mais alta com uma freqüência de pedalada baixa, as articulações do joelho e os músculos da coxa sofrem sobrecargas muito altas, podendo ocasionar lesões (REDFIELD & HULL, 1986; BURKE, 1996).

A escolha de uma cadência de pedalada mais alta pode causar menor EC, uma vez que o VO2 aumenta linearmente com o aumento da cadência da pedalada (TAKAISHI et al., 1998; CANDOTTI, 2003). Esta diminuição na EC está associada ao aumento da atividade muscular durante a pedalada e pode resultar na perda da qualidade da técnica devido à fadiga (PASSFIELD & DOUST, 2000).

A literatura mostra que o ensino do ciclismo, ou mais precisamente o ensino da técnica da pedalada é realizado com cadências de pedalada mais baixas (como 60, 75 ou 80 rpm). No entanto, esta opção parece estar relacionada com a aprendizagem motora da técnica da pedalada e não com a EC (SANDERSON & CAVANAGH, 1990; BROKER et al., 1993; HENKE, 1998; HOLDERBAUM, 2005 e 2006). A utilização de cadências mais baixas diminui a demanda energética, o que pode evitar a fadiga muscular e favorecer o controle da pedalada.

De acordo com NEPTUNE & HULL (1999), na medida em que o conhecimento da técnica da pedalada for aumentado com uma quantidade de informações relevantes, por meio de estudos científicos, os ciclistas poderão aumentar sua performance bem como sua economia de movimento.

Aspectos relacionados às cadências de pedalada

Atualizado em 22 de março de 2008
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 Pesquisadores têm investigado o que realmente constitui uma cadência de pedalada adequada (MARSH & MARTIN, 1992; BURKE, 1996; MARSH & MARTIN, 1997; NEPTUNE et al., 1997; MARSH et al., 2000). Segundo BURKE (1996), inúmeros métodos têm sido utilizados para a aquisição de fatores que contribuem para otimização da cadência no ciclismo. Entre os principais estão as mensurações do consumo de oxigênio (VO2), da freqüência cardíaca (FC) e das forças exercidas por músculos e articulações.

Na literatura, algumas cadências estão referenciadas como ótimas; no entanto, o fator de diferença na escolha entre uma ou outra, é o quanto realmente representa esta otimização. Estudos utilizaram a mensuração do VO2máx, a FC, bem como fatores neuromusculares, na determinação de uma cadência ótima, e observaram valores menores de VO2 quando a freqüência da pedalada diminui e se mantém em cadências mais baixas (de 50 a 70 rpm) (GUELI & SHEPHARD, 1976; MARSH & MARTIN, 1992; BURKE, 1996; MARSH & MARTIN, 1997).

Por outro lado, tanto técnicos, quanto ciclistas experientes, freqüentemente, recomendam a novos ciclistas pedalarem em uma cadência de, no mínimo, 90 rpm e, às vezes, até mais altas (BURKE, 1996), mesmo estas cadências não apresentando maior economia de movimento (EC) que pode ser definida como a relação entre o trabalho realizado e a energia despendida para a realização do mesmo (GOTSHALL et al., 1996; CANDOTTI, 2003).

Uma das razões que explicam a preferência dos ciclistas por cadências mais altas, é que, na utilização de uma relação (marchas) mais alta com uma freqüência de pedalada baixa, as articulações do joelho e os músculos da coxa sofrem sobrecargas muito altas, podendo ocasionar lesões (REDFIELD & HULL, 1986; BURKE, 1996).

A escolha de uma cadência de pedalada mais alta pode causar menor EC, uma vez que o VO2 aumenta linearmente com o aumento da cadência da pedalada (TAKAISHI et al., 1998; CANDOTTI, 2003). Esta diminuição na EC está associada ao aumento da atividade muscular durante a pedalada e pode resultar na perda da qualidade da técnica devido à fadiga (PASSFIELD & DOUST, 2000).

A literatura mostra que o ensino do ciclismo, ou mais precisamente o ensino da técnica da pedalada é realizado com cadências de pedalada mais baixas (como 60, 75 ou 80 rpm). No entanto, esta opção parece estar relacionada com a aprendizagem motora da técnica da pedalada e não com a EC (SANDERSON & CAVANAGH, 1990; BROKER et al., 1993; HENKE, 1998; HOLDERBAUM, 2005 e 2006). A utilização de cadências mais baixas diminui a demanda energética, o que pode evitar a fadiga muscular e favorecer o controle da pedalada.

De acordo com NEPTUNE & HULL (1999), na medida em que o conhecimento da técnica da pedalada for aumentado com uma quantidade de informações relevantes, por meio de estudos científicos, os ciclistas poderão aumentar sua performance bem como sua economia de movimento.