<font face= A Biomecânica é uma ciência que busca, através de conceitos e métodos da mecânica, esclarecer questões relacionadas ao efeito das forças externas e internas que produzem movimento nas estruturas e sistemas biológicos. Esta ciência vem sendo amplamente aplicada no esporte com intuito de melhorar o desempenho de atletas de diferentes modalidades esportivas.

Com relação ao ciclismo, a biomecânica procura elucidar questões relacionadas à inter-relação do conjunto ciclista/bicicleta, o qual pode levar o ciclista a obter um melhor rendimento em competições. O crescimento deste esporte e a busca incessante por melhores resultados têm motivado pesquisadores a desenvolver investigações relacionadas tanto com a construção de bicicletas de melhor design aerodinâmico, quanto com o ajuste adequado do ciclista na bicicleta.

Os resultados destes estudos têm ampliado o conhecimento sobre possíveis lesões desenvolvidas por aplicação indevida de força, sobre as influências das posturas adotadas por ciclistas nas forças aplicadas aos pedais, sobre a eficiência na aplicação de forças, à simetria ou assimetria das forças aplicadas aos pedais pelas duas pernas e, principalmente, a respeito da técnica da pedalada.

A técnica da pedalada é referenciada na literatura como um movimento complexo e extremamente difícil de ser executado. Para a compreensão da técnica desse movimento são necessários alguns conhecimentos básicos relacionando a biomecânica com o ciclismo.

O sistema de transmissão de força utilizado nas bicicletas que permite aos indivíduos transformar trabalho muscular em trabalho mecânico, resultando na projeção do equipamento à frente, é composto por coroas, catracas, pé-de-vela e pedais, e, quando está em movimento, descreve uma circunferência, ou seja, realiza um movimento de giro de 360º.

Este movimento recebe o nome de ciclo da pedalada, e é dividido em duas fases, sendo uma delas denominada de fase de propulsão (de 0º a 180º) e a outra de fase de recuperação (180º a 360º). Além da divisão por fases, o ciclo da pedalada também pode ser dividido em quatro partes iguais. Estas partes recebem o nome de quadrantes, e permitem uma melhor compreensão sobre a orientação das forças aplicadas ao pedal.

O 1º quadrante vai de 0º à 90º do ciclo da pedalada, o 2º quadrante de vai de 90º a 180º, já o 3º quadrante vai de 180º a 270º e o 4º quadrante de 270 a 360º (ou ao 0º). Ao longo dos quatro quadrantes do ciclo pode-se perceber uma combinação (que pode ser considerada como ideal) diferenciada das forças aplicadas ao pedal da bicicleta, ou seja, estas mudam tanto a direção quanto o sentido durante a pedalada.

No primeiro quadrante as forças são aplicadas para baixo e para frente, já no segundo quadrante, estas são aplicadas para baixo e para trás. No terceiro quadrante as forças são aplicadas para trás e para cima e no quarto quadrante são aplicadas para cima e para frente.

A relação entre a orientação das forças ao longo do ciclo da pedalada e o desempenho dos atletas vem sendo bastante estudada por pesquisadores, especialmente na fase de recuperação. Esta fase é considerada como o setor crítico da pedalada, em razão do surgimento de forças retrógradas que dificultam a propulsão da bicicleta por produzir torque em sentido contrário ao movimento.

Portanto, o direcionamento adequado das forças aplicadas aos pedais em cada quadrante do ciclo de pedalada torna-se fundamental para que o indivíduo obtenha um melhor rendimento durante a pedalada, pois assim, ele pode diminuir a presença de forças retrógradas na fase de recuperação e utilizar uma demanda energética menor para a realização do movimento.
"/>Foto:  A Biomecânica é uma ciência que busca, através de conceitos e métodos da mecânica, esclarecer questões relacionadas ao efeito das forças externas e internas que produzem movimento nas estruturas e sistemas biológicos. Esta ciência vem sendo amplamente aplicada no esporte com intuito de melhorar o desempenho de atletas de diferentes modalidades esportivas.

Com relação ao ciclismo, a biomecânica procura elucidar questões relacionadas à inter-relação do conjunto ciclista/bicicleta, o qual pode levar o ciclista a obter um melhor rendimento em competições. O crescimento deste esporte e a busca incessante por melhores resultados têm motivado pesquisadores a desenvolver investigações relacionadas tanto com a construção de bicicletas de melhor design aerodinâmico, quanto com o ajuste adequado do ciclista na bicicleta.

Os resultados destes estudos têm ampliado o conhecimento sobre possíveis lesões desenvolvidas por aplicação indevida de força, sobre as influências das posturas adotadas por ciclistas nas forças aplicadas aos pedais, sobre a eficiência na aplicação de forças, à simetria ou assimetria das forças aplicadas aos pedais pelas duas pernas e, principalmente, a respeito da técnica da pedalada.

A técnica da pedalada é referenciada na literatura como um movimento complexo e extremamente difícil de ser executado. Para a compreensão da técnica desse movimento são necessários alguns conhecimentos básicos relacionando a biomecânica com o ciclismo.

O sistema de transmissão de força utilizado nas bicicletas que permite aos indivíduos transformar trabalho muscular em trabalho mecânico, resultando na projeção do equipamento à frente, é composto por coroas, catracas, pé-de-vela e pedais, e, quando está em movimento, descreve uma circunferência, ou seja, realiza um movimento de giro de 360º.

Este movimento recebe o nome de ciclo da pedalada, e é dividido em duas fases, sendo uma delas denominada de fase de propulsão (de 0º a 180º) e a outra de fase de recuperação (180º a 360º). Além da divisão por fases, o ciclo da pedalada também pode ser dividido em quatro partes iguais. Estas partes recebem o nome de quadrantes, e permitem uma melhor compreensão sobre a orientação das forças aplicadas ao pedal.

O 1º quadrante vai de 0º à 90º do ciclo da pedalada, o 2º quadrante de vai de 90º a 180º, já o 3º quadrante vai de 180º a 270º e o 4º quadrante de 270 a 360º (ou ao 0º). Ao longo dos quatro quadrantes do ciclo pode-se perceber uma combinação (que pode ser considerada como ideal) diferenciada das forças aplicadas ao pedal da bicicleta, ou seja, estas mudam tanto a direção quanto o sentido durante a pedalada.

No primeiro quadrante as forças são aplicadas para baixo e para frente, já no segundo quadrante, estas são aplicadas para baixo e para trás. No terceiro quadrante as forças são aplicadas para trás e para cima e no quarto quadrante são aplicadas para cima e para frente.

A relação entre a orientação das forças ao longo do ciclo da pedalada e o desempenho dos atletas vem sendo bastante estudada por pesquisadores, especialmente na fase de recuperação. Esta fase é considerada como o setor crítico da pedalada, em razão do surgimento de forças retrógradas que dificultam a propulsão da bicicleta por produzir torque em sentido contrário ao movimento.

Portanto, o direcionamento adequado das forças aplicadas aos pedais em cada quadrante do ciclo de pedalada torna-se fundamental para que o indivíduo obtenha um melhor rendimento durante a pedalada, pois assim, ele pode diminuir a presença de forças retrógradas na fase de recuperação e utilizar uma demanda energética menor para a realização do movimento.

Aspectos biomecânicos do Ciclismo

Atualizado em 22 de março de 2008
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 A Biomecânica é uma ciência que busca, através de conceitos e métodos da mecânica, esclarecer questões relacionadas ao efeito das forças externas e internas que produzem movimento nas estruturas e sistemas biológicos. Esta ciência vem sendo amplamente aplicada no esporte com intuito de melhorar o desempenho de atletas de diferentes modalidades esportivas.

Com relação ao ciclismo, a biomecânica procura elucidar questões relacionadas à inter-relação do conjunto ciclista/bicicleta, o qual pode levar o ciclista a obter um melhor rendimento em competições. O crescimento deste esporte e a busca incessante por melhores resultados têm motivado pesquisadores a desenvolver investigações relacionadas tanto com a construção de bicicletas de melhor design aerodinâmico, quanto com o ajuste adequado do ciclista na bicicleta.

Os resultados destes estudos têm ampliado o conhecimento sobre possíveis lesões desenvolvidas por aplicação indevida de força, sobre as influências das posturas adotadas por ciclistas nas forças aplicadas aos pedais, sobre a eficiência na aplicação de forças, à simetria ou assimetria das forças aplicadas aos pedais pelas duas pernas e, principalmente, a respeito da técnica da pedalada.

A técnica da pedalada é referenciada na literatura como um movimento complexo e extremamente difícil de ser executado. Para a compreensão da técnica desse movimento são necessários alguns conhecimentos básicos relacionando a biomecânica com o ciclismo.

O sistema de transmissão de força utilizado nas bicicletas que permite aos indivíduos transformar trabalho muscular em trabalho mecânico, resultando na projeção do equipamento à frente, é composto por coroas, catracas, pé-de-vela e pedais, e, quando está em movimento, descreve uma circunferência, ou seja, realiza um movimento de giro de 360º.

Este movimento recebe o nome de ciclo da pedalada, e é dividido em duas fases, sendo uma delas denominada de fase de propulsão (de 0º a 180º) e a outra de fase de recuperação (180º a 360º). Além da divisão por fases, o ciclo da pedalada também pode ser dividido em quatro partes iguais. Estas partes recebem o nome de quadrantes, e permitem uma melhor compreensão sobre a orientação das forças aplicadas ao pedal.

O 1º quadrante vai de 0º à 90º do ciclo da pedalada, o 2º quadrante de vai de 90º a 180º, já o 3º quadrante vai de 180º a 270º e o 4º quadrante de 270 a 360º (ou ao 0º). Ao longo dos quatro quadrantes do ciclo pode-se perceber uma combinação (que pode ser considerada como ideal) diferenciada das forças aplicadas ao pedal da bicicleta, ou seja, estas mudam tanto a direção quanto o sentido durante a pedalada.

No primeiro quadrante as forças são aplicadas para baixo e para frente, já no segundo quadrante, estas são aplicadas para baixo e para trás. No terceiro quadrante as forças são aplicadas para trás e para cima e no quarto quadrante são aplicadas para cima e para frente.

A relação entre a orientação das forças ao longo do ciclo da pedalada e o desempenho dos atletas vem sendo bastante estudada por pesquisadores, especialmente na fase de recuperação. Esta fase é considerada como o setor crítico da pedalada, em razão do surgimento de forças retrógradas que dificultam a propulsão da bicicleta por produzir torque em sentido contrário ao movimento.

Portanto, o direcionamento adequado das forças aplicadas aos pedais em cada quadrante do ciclo de pedalada torna-se fundamental para que o indivíduo obtenha um melhor rendimento durante a pedalada, pois assim, ele pode diminuir a presença de forças retrógradas na fase de recuperação e utilizar uma demanda energética menor para a realização do movimento.