Por Fausto Fagioli Fonseca

Bebeto Haddad assumiu a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo em maio deste ano, substituindo Walter Feldman, que foi nomeado secretário especial da Comissão de Procedimentos Administrativos. Formado em administração, Haddad, do PMDB, já foi deputado federal, em 1990, e presidiu a Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados. Em entrevista ao O2 Por Minuto, o secretário falou sobre suas metas no cargo e também um pouco sobre corrida de rua.

O2 Por Minuto – Você é empresário e já foi também Deputado Federal. Qual era a sua relação pessoal com o esporte antes de assumir o cargo de secretário de Esportes, Lazer e Recreação?

Bebeto Haddad – Não tinha ligação muito próxima com o esporte, apenas pratiquei no exército. Porém, não vejo isso como problema para o cargo. Para mim, o principal é saber lidar com as situações que aparecem como político: ter acessibilidade, ser bom administrador e ser bem assessorado é essencial.

O2 – Quais sãos seus principais desafios e metas no cargo?

BH – Minha principal meta é levar o lazer e a recreação para quem não tem condições e acesso a isso. Quero dar condição para os jovens carentes praticarem esporte. Para isso, conto com nosso centro olímpico, que presta vários serviços médicos aos jovens e que possibilita a prática de 10 modalidades (karatê, vôlei, atletismo etc). Tudo isso é direcionado para crianças carentes, que não têm acesso a esses serviços. E eu garanto: vão sair medalhistas olímpicos daqui.

O2 – A corrida de rua é um esporte que aumenta cada dia mais em todo o Brasil. Como vê o crescimento do esporte em São Paulo?

BH – As corridas de rua já viraram até rotina aqui em São Paulo. Toda semana tem uma. Além disso, chegam para mim, no mínimo, 25 convites para eventos esportivos. São Paulo sabe lidar com esta proporção de eventos e acho importante que a cidade abrigue eventos assim.

O2 – Pretende manter o Circuito Popular de Corridas de Rua no calendário da cidade? O que acha deste circuito?

BH – Neste ano de 2011, teremos 25 provas do circuito e a minha meta para o ano que vem é subir esse número para 31. Cada prova atende duas mil pessoas, com toda a infra-estruturara que uma corrida de rua precisa ter, e isso de forma gratuita para o corredor. Minha intenção é levar a corrida para ainda mais pessoas de periferia, que não têm acesso ao esporte.

O2 – Como vê o esporte, não só a corrida, mas no geral, no papel de ascensão social dos jovens?

BH – Considero meu mandato na Secretaria um mandato “social”. Meu objetivo é que haja muita inclusão social enquanto estiver no comando. Em minha opinião, o esporte é a melhor porta de entrada para a ascensão social dos jovens, porque é prazeroso e ajuda a tirar crianças das drogas e as afasta de outras coisas ruins. Isso porque a criança pode “perder tempo” praticando o esporte e não terá, assim, tempo para as coisas erradas. Assim vem a ascensão que buscamos.

O2 – Tem algum projeto para a corrida na cidade além dos que já estão em prática?

BH – Pretendo fazer uma corrida noturna do Ceasa, além de projetos lúdicos para as crianças, como o “Brincar na Rua”, que leva brincadeiras para as crianças de bairros pobres.

O2 – O senhor corre ou pretende começar a correr?

BH – Não corro, só faço caminhada todos os dias. Acho a prática de uma atividade física importante para manter a saúde e o condicionamento físico em dia.