Faltam poucos dias para o grande desafio do ano e muitos triatletas acabam entrando em um estado de ansiedade muito grande, pois dedicaram horas e horas de seus dias, abdicaram do convívio dos familiares e amigos, deixaram de ir a inúmeras festas e até negligenciaram um pouco o trabalho em função desse projeto e, mesmo assim, se perguntam: será que eu vou cruzar aquela linha de chegada?

Para muitos deles, o grande receio é quanto à etapa de natação, principalmente porque esse ano a prova bateu o recorde de inscritos e serão 2000 pessoas “pulando” no mar ao mesmo tempo, o que faz com que as tranquilas águas da Baía de Jurerê dêem a impressão de que se está nadando dentro uma máquina de lavar ligada!

Porém, esse fato pode ser contornado de forma relativamente fácil. O atleta deve procurar largar posicionado de acordo com seu nível de condicionamento e habilidade com águas abertas, ou seja, se você for um nadador experiente e rápido, largue posicionado mais à frente, se for um nadador mediano, que já participou de outras provas de triathlon ou travessias, largue posicionado mais no meio do grupo e se você for um estreante, pouco experiente ou ainda muito lento, deixe para largar lá atrás e preferencialmente pelas laterais, para evitar um grande contato com outros nadadores. Dessa forma, rapidamente todos encontram seu ritmo, “encaixam” sua natação e não terão problemas para sair do mar rumo à T1.

Outros atletas ficam muito preocupados com a etapa de ciclismo, pois sempre existe a possibilidade de ocorrerem problemas mecânicos e/ou quedas. Furos de pneus são os problemas mais comuns e cabe ao atleta se certificar de que seus pneus estão em bom estado de conservação, bem colocados e com a calibragem correta. Isso minimiza bastante o risco de furos!

Outra dica é pedalar nos locais mais limpos da pista, evitando os cantos onde, normalmente, se acumulam os detritos das vias. Quanto às quedas, vale revisar os freios (se estiver usando rodas de carbono, lembre de utilizar pastilhas de freios especiais) e ter atenção às decidas e curvas, principalmente se estiver chovendo.

Há ainda os atletas que se questionam em relação à etapa de corrida, por ser o trecho sabidamente mais sacrificante, devido à fadiga acumulada das outras modalidades e por se tratar de uma maratona, o que por si só já desperta certa apreensão. Mas se o atleta está treinado, se hidratou, se alimentou bem e respeitou seu ritmo até ali, basta manter essa estratégia para cumprir os últimos 42 km de prova.

O Ironman é tido como uma das provas de resistência mais difíceis do mundo, a própria tradução literal do nome já é digna de respeito: “Homem de Ferro”. Mas não precisamos ser literalmente feitos de ferro para encarar esse desafio. O Ironman é uma prova de planejamento e disciplina. E se ao longo dos últimos meses você se norteou por essas duas palavras, tenha certeza de que está pronto para ter um dos dias mais duros, porém, felizes de sua vida!

Boa prova a todos e nos vemos na linha de chegada…

Confira: