Análises e curiosidades sobre a Paris-Roubaix 2011

Atualizado em 15 de abril de 2011
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Assim como havia comentado na matéria anterior, a Paris-Roubaix foi surpreendente e quem apostou em Cancellara, Tom Boonen ou Filippo Pozzato perdeu. A estrela que brilhou nesta edição foi Johan Van Summeren (Garmin), equipe do brasileiro Murilo Fischer.

Sua história não o favorecia para esta vitória, afinal, ele teve a 8ª colocação em 2008, 5ª colocação em 2009 e, em 2010, sendo uma promessa de vitória para a equipe Garmin, não conseguiu terminar a prova, ou seja, dentre as possibilidades, ele era uma das últimas.

Seu dia com certeza foi muito especial, pois além de despachar ninguém menos que o “Spartacus” Fabian Cancellara, após pedalar 258 km com 27 seções de paralelepípedos com total de 51,5 km, nos últimos 2 km de prova, com pneu furado, ainda conseguiu chegar sozinho no velódromo.

Esta foi uma edição em que o próprio Cancellara disse: “Se eu parar para um cafezinho todo mundo vai parar”, e foi verdade, a prova girou em torno dele, mas ele não conseguiu manter o ritmo e contou com a estratégia de equipe. Thor Hushovd (Campeão Mundial-equipe Garmin) estava junto à Cancellara, mas abandonou devido ao espírito de equipe, pois se ficasse junto ele estaria ajudando Cancellara na busca e dificultando a escapada de Van Summeren.

Tom Boonen que na opinião de muitos iria fazer uma prova histórica após algum tempo sem vencer uma clássica não teve sorte e teve que trocar de bike ao entrar na floresta de Arenberg, temida por todos, e que desta vez antecedeu uma nova seção de paralelepípedos. Para curiosidade, vale lembrar que muitas destas seções somente são abertas um dia no ano, na Paris-Roubaix, então imaginem as condições do piso.

Será que virou estrela ou se garante mesmo: “Até o Super Homem pode ter um momento de fraqueza” ,disse Fabian Cancellara ao final da prova, comentando sobre seu cansaço e câimbras.

Curiosidades da prova: A maioria das bikes estava equipada com pneus 700×25, permitindo mais conforto e maior área de contato com o piso. Freios com pouco cabo para fora dos conduites, para evitar muita poeira, os manetes também vieram na versão cantilever e com manetes na parte superior do guidão. Selins mais confortáveis e com mais área de apoio e no caso o sistema Wing Flex da FIZIK foram usados. Bikes com a frente mais alta permitiram mais conforto e melhor dirigibilidade. Gambiarra: Mikhail Ignatiev’s (Katusha) usou espuma isolante de canos em cima da fita de guidão para amortecer mais a vibração!

Amstel Gold Race
A mais nova das clássicas (1966) possui 259 km e 31 subidas, e a decisão da prova acontece na 31ª. Esperamos por aparições como Philippe Gilbert, campeão de 2010, novamente Cancellara, mas que declarou que irá para auxiliar os irmãos Schleck, Damiano Cunego e Vinokourov também prometem boas aparições mas, em minha opinião, quem vai brilhar mesmo será Murilo Fischer com a camisa do Brasil.

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