Alimentação para render por anos

Atualizado em 16 de julho de 2010
Mais em

Ok! Que é preciso se alimentar para manter-se vivo todo mundo sabe, e já é consenso: comer direito e de maneira balanceada traz mais saúde, evita doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e baixa imunidade.

E os maus hábitos nutricionais com mais de 50 anos? Os efeitos são ainda mais potencializados. De acordo com a especialista em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) Tamara Mazaracki, a partir dos 50 anos o funcionamento orgânico é mais lento, o estômago e o pâncreas têm dificuldade em produzir as enzimas digestivas e o intestino menos capacidade de absorver nutrientes. “Nesta idade, também começa a diminuir a proporção de massa muscular e gordura, há diminuição do gasto metabólico e, assim, o organismo necessita de menos caloria”, explica a nutricionista.

Tamara ressalta as possibilidades de novos problemas de saúde, uma vez que geralmente diminui-se a ingestão alimentar quando há ganho de peso: “Nessa situação, existe o perigo de ingerir menos nutrientes importantes, como vitaminas e minerais, e optar por alimentos que contenham calorias vazias, que não proporcionam nada de bom ao organismo”, completa.

A solução para não ganhar peso nem perder nutrientes essenciais à saúde é praticar esportes aeróbicos para queimar gordura ingerida, certo? Errado. Quem responde é a nutricionista Ana Beatriz Barella, da RG Nutri, que acrescenta ser essencial ao esportista com mais de 50 anos ter cuidado redobrado com a escolha de alimentos, mais do que o sedentário.

A nutrição tem um papel fundamental na manutenção da saúde, prevenindo lesões musculares e patologias associadas ao estresse fisiológico causado pelo esforço. “Esportes como a corrida fazem muito bem para o organismo, no entanto, a alta intensidade ou longa duração está associada com a maior produção de radicais livres, que consomem os antioxidantes da corrente sangüínea, produzindo lesões celulares e comprometendo a defesa do organismo”, avalia Ana.

Por isso, a alimentação deve garantir anti-radicais livres suficientes para uma boa recuperação, um sistema imunológico eficiente, menos colesterol ruim e calorias balanceadas, pois há quem pratique corrida e ainda engorde, se não vigiar o consumo de alimentos calóricos.

Importância da alimentação balanceada
Comer os nutrientes errados ou em quantidades desequilibradas ocasiona doenças e baixo rendimento para corredores de qualquer idade, principalmente quem tem mais de 50 anos.

Assim, atenção:

• A desnutrição protéico-calórica leva à fadiga.
• Há maior suscetibilidade a infecções.
• Ocasiona deficiência de cálcio (podendo levar à osteoporose) e zinco (baixa imunidade).
• O excesso de calorias e gorduras ocasiona, além da obesidade, aumento da pressão arterial, diabetes e arterioesclerose.

A O2 ouviu a nutricionista Ana Beatriz Barella, da RG Nutri, e Tamara azaracki, nutróloga, para mostrar quais alimentos não podem faltar à mesa antes da corrida, depois do treino e no dia-a-dia:

*Por Sara Puerta