A Corrida da Força e da Resistência

Atualizado em 26 de janeiro de 2012
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Quando se fala em resistência, pensa-se logo em vários minutos e horas de uma corrida desenfreada, em uma estrada sem fim.

Quando se fala em força, imagina-se logo, um grande peso (halteres) e uma pessoa musculosa levantando-o.

Duas cenas normais na imaginação, porém, a minha proposta para tais destaques tratará, exclusivamente, a respeito de equilíbrio entre os treinamentos de força e resistência na corrida de longa distância.

Muitas vezes ouço corredores me perguntarem a respeito de força para correr melhor, principalmente em suas pernas. Sempre me recordo do provérbio: “pernas pra que te quero”

É sem dúvida, necessário, que se desenvolvam força em membros inferiores. Essas dicas tratarão dos níveis que você leitor, deve se ater para que a sua corrida do dia a dia, e em principal, a da competição, produza muito mais efeitos positivos do que os costumeiros negativos. Características experimentadas por diversos corredores.

Correr, para um corredor, é fundamental. Não se pode contar com uma ótima adaptação do organismo de um corredor, em cima de uma esteira, esperando se sair muito bem na prova de rua. Além do mais, nadadores, e ciclistas, são muito bem desenvolvidos no quesito função cardiorrespiratória, mas não conseguem imprimir grande desempenho numa corrida na rua. Exatamente quando precisam colocar suas pernas “remadoras”, para alavancarem uma corrida rápida ou lenta.

Nossa discussão é para realçar que, em se tratando de resistência física para correrem longas distâncias, normalmente se obtém a resistência específica desta função, num treinamento sistemático, compatível de velocidade e de distribuição semanal.

Então, devemos nos ater a questões de treinamentos no tipo de piso que vamos correr. Por exemplo; você tem uma prova em percurso plano – e já tendo realizado sua base de treinamento em planos variados – certamente seu período seguinte de treinos deve ser realizado em pisos planos, isso predominantemente, tais quais os da prova. Assim, a resistência especifica que deseja desenvolver em seu corpo se dará, e poderá ser aproveitado na prova.

A resistência pode ser melhorada, na medida em que o corredor passar por adaptações em distância  – iniciando-se em minutos, elevando-se para mais e mais minutos, até atingir o status de horas acumuladas em uma sessão (caso de ultra maratonistas). Daí para velocidade por quilômetro  – o tempo em relação a distância, deve ser encarado como um momento especial e que deve ser respeitada a ordem de adaptação pessoal, pela resistência, e depois, quase automaticamente, pela velocidade. Mais tarde as adaptações ficarão por conta dos ritmos e tiros. Nesta ordem a adaptação garantirá a segurança do seu organismo e trará o nível necessário para evoluir em treinos e provas, para melhores resistências.

A força que o corredor não quer, precisa!

Qual é a quantidade de força que não deve alterar a sua ou a minha resistência?

Uma ótima pergunta necessita de uma compatível resposta. É necessário trabalhar força em todo o corpo do corredor e do não corredor. É certo que a força tem algumas variações e nós, como corredores esclarecidos, devemos distingui-las.

A resistência geral, obtida por exercícios com o peso do próprio membro e/ou com pequenos pesinhos (halteres), são mais do que suficientes para ver a força melhorada.

A Resistência de força é a mais adequada e deve ser objetivada por todos os corredores mais evoluídos.

As demais forças, como a força e a potência, são intensidades que normalmente não combinam com corrida de longa distância, então, antes de se esfalfar em treinar muito – para ver seus músculos muito bem desenvolvidos em forma e tamanho – veja se eles estão resistentes.

O estado de resistência é mais harmonioso. A força de que falamos, e que deve ser objetivada na Base, na Fase pré competitiva e na fase competitiva, salvo as provas muito longas – que se deve descansar algumas semanas antes do evento escolhido –  deve ser o seu próximo foco em se tratando de preparação especialmente voltada para as provas longas.

Se você é um corredor que já produz um ritmo de três ou menos minutos por quilômetro, terá que obter uma orientação mais apropriada e dirigida por um profissional do esporte – o que permitirá um maior avanço em seus treinos e resultados de provas.

Bons equilíbrios entre resistência e força

 

Você tem dúvida sobre seus treinos de Corrida, equipamentos ou provas? Mande sua pergunta para ativoresponde@ativo.com que Miguel Sarkis poderá respondê-la!

 

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